![Rio de Janeiro (RJ), 12/06/2024 – A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, durante o FII Priority, no Copacabana Palace, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil Rio de Janeiro (RJ), 12/06/2024 – A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, durante o FII Priority, no Copacabana Palace, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil](https://megawhat.energy/wp-content/plugins/seox-image-magick/imagick_convert.php?width=904&height=508&format=.jpg&quality=91&imagick=uploads.megawhat.energy/2024/06/Magda-Chambriard_Agencia-Brasil-1320x880.jpg)
No comando da Petrobras desde o final de maio, Magda Chambriard informou que mudanças na diretoria da estatal devem ser conhecidas no fim desta semana ou no começo da próxima.
A executiva comentou que alguns diretores podem ser substituídos por nomes que tenham perfis mais compatíveis ao dela e defendeu que a empresa melhore a interação entre diversas áreas da companhia. Apesar disso, Chambriard criticou especulações sobre trocas na diretoria da empresa e afirmou que as mudanças não serão adiantadas pela imprensa.
Na ocasião da mudança de presidente da estatal, o então diretor financeiro da Petrobras, Sergio Caetano Leite, também foi destituído. A posição agora é ocupada por Carlos Alberto Rechelo. Todos os demais diretores continuam nos cargos até o momento.
‘Convencimento’ para liberar atividades na Foz do Amazonas
Magda Chambriard também voltou a defender as atividades na Margem Equatorial, da qual faz parte a Foz do Amazonas, como alternativa ao declínio futuro da produção de óleo em campos do pré-sal. “É uma questão de segurança nacional”, apontou. As declarações foram dadas nesta quarta-feira, 12 de junho, durante o evento FII Priority Summit, patrocinado pelo governo da Arábia Saudita no Rio de Janeiro. Na abertura do encontro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também fez uma defesa da exploração de petróleo na região.
A Petrobras já tem atividades na Bacia Potiguar, que também faz parte da Margem Equatorial, mas enfrenta dificuldades para obter licenciamento ambiental para explorar a bacia da Foz do Amazonas, que fica no litoral do Amapá.
Chambriard avalia que o caminho para obter o licenciamento é “convencimento e esclarecimento”. Para ela, a questão deixou de ser técnica e não se explica por incompetência das operadoras.
Ela lamentou que o país “já perdeu dez anos” de atividades na região, considerando que a licitação para as áreas ocorreu em 2013. “O que não se resolveu em dez anos dificilmente será resolvido tecnicamente. Eu acho que essa questão transcende a discussão técnica”, afirmou.
Chambriard adiantou que a Petrobras pretende realizar uma reunião com o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), do qual também participa o Ministério do Meio Ambiente (MMA), para fazer uma apresentação sobre a segurança e “excelência” da produção de petróleo da empresa, com respeito ao ambiente e às sociedades afetadas.
A executiva mencionou áreas de interesse turístico que também são influência das atividades da Petrobras no pré-sal, como Angra dos Reis, Ipanema e Búzios, no Rio de Janeiro, e disse que “está todo mundo feliz com a atuação e com a receita e com desenvolvimento que provêm dessa exploração e dessa produção”.
Chambriard acrescentou que a empresa tem conseguido reduzir a emissão de gases do efeito estufa durante a produção de petróleo.“Somos uma empresa que está investindo muito em descarbonização. A pegada de carbono de um projeto da Bacia de Santos do pré-sal é metade da pegada de carbono [de um poço] tradicional”, disse.
Com informações da Agência Brasil