A petroleira chinesa CNPC e a americana Chevron foram destaque na disputa pelos blocos ofertados na Foz do Amazonas nesta terça-feira, 17 de junho, durante o 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC) da Agência Brasileira do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O consórcio formado pelas empresas Petrobras e ExxonMobil Brasil arrematou dez dos 19 blocos da Foz do Amazonas, enquanto sociedade composta pelas empresas Chevron Brasil e CNPC Brasil ficou com nove blocos na região.
Em todos os blocos em que houve concorrência entre os consórcios, a sociedade formada pela Chevron e CNPC saiu vencedora, com ofertas que superavam o dobro do oferecido pelo consórcio rival em cinco das sete ocasiões. Petrobras e ExxonMobil só foram vencedoras em áreas em que não houve disputa.
No total, Chevron e CNPC pagarão R$ 582,2 milhões do total de R$ 844,3 milhões que a Foz do Amazonas recolheu em bônus de oferta. Todos os blocos arrematados na Foz do Amazonas somam mais de R$ 1 bilhão em Programa Exploratório Mínimo (PEM) estimado.
Ofertas por setores da Foz do Amazonas
O setor SFZA-AP2, que oferecia 21 blocos, recebeu nove ofertas. Consórcio formado pela Chevron Brasil Óleo (65%, operadora) e CNPC Brasil (35%) levou os blocos FZA-M-265, FZA-M-267, FZA-M-334, FZA-M-336, FZA-M-194, FZA-M-196 FZA-M-336. No total, o consórcio pagará R$ 397,6 milhões em bônus de assinatura pelas áreas.
O consórcio formado pela Petrobras (50%, operadora) e ExxonMobil Brasil (50%) levou os blocos FZA-M-403, FZA-M-188 e FZA-M-190 com um total de bônus de assinatura de R$ 528,6 milhões.
O setor SFZA-AP4, que oferecia três blocos, recebeu ofertas para dois deles: FZA-M-1040 e FZA-M-1042, ambas do consórcio formado por Petrobras (50%, operadora) e ExxonMobil Brasil (50%). No total, o bônus de assinatura da área foi de R$ 539,1 milhões.
O setor SFZA-AР3, que oferecia 21 blocos, recebeu ofertas para oito deles. Consórcio formado pela Chevron Brasil (50%, operadora) e CNPC Brasil (50%), levou os blocos FZA-M-475, FZA-M-405 e FZA-M-473, somando R$ 184,6 milhões em bônus de assinatura.
O consórcio formado pelas empresas ExxonMobil Brasil (50%, operadora) e Petrobras (50%) levou os blocos FZA-M-547, FZA-M-619, FZA-M-477, FZA-M-549, FZA-M-621, num total de R$ 120,7 milhões em bônus de assinatura.
O setor SFZA-AР1, que oferecia dois blocos, não recebeu ofertas
Bacia do Parecis
O 5º Ciclo da OPC oferecia dois setores na Bacia do Parecis, no Alto Xingu. O setor SPRC-L, que oferecia nove blocos, recebeu apenas uma oferta, da empresa Dillianz Petróleo & Gás Natural – Biocombustível S.A., que ofereceu bônus de R$ 55 mil, e PEM de R$ 12 milhões. O bloco arrematado foi PRC-T-121
A empresa faz parte do Gruo Dillianz, fundado em 2021, com origem no agronegócio e que atualmente opera também nas áreas imobiliária, de exportação e importação, financeira e outras.
Bacia Potiguar
A Bacia Potuguar, que oferecia um setor com 16 blocos, não recebeu nenhuma oferta.