Óleo e Gás

Com aval do Cade, Prio fará ‘digestão’ de Albacora Leste e contratará mão de obra

Com a aquisição da fatia de 90% da Petrobras no campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos, negócio e US$ 2,2 bilhões aprovado esta semana pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Prio (antiga PetroRio) vai se concentrar agora em um processo de “digestão operacional”, para adequar o ativo recém-adquirido ao modelo de negócios da companhia, especializada em ampliar a recuperação de óleo em campos maduros, porém sem renunciar a sua estratégia de novas aquisições. “Vamos fazer a digestão operacional”, afirmou o diretor financeiro da Prio, Milton Rangel, à MegaWhat. “Mas o foco no M&A [sigla em inglês para fusões e aquisições] continua”, completou o executivo, acrescentando que a empresa continuará olhando oportunidades no setor. Entre essas oportunidades está a aquisição de 100% do campo de Albacora, também na Bacia de Campos, cujas negociações

Com aval do Cade, Prio fará ‘digestão’ de Albacora Leste e contratará mão de obra

Com a aquisição da fatia de 90% da Petrobras no campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos, negócio e US$ 2,2 bilhões aprovado esta semana pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Prio (antiga PetroRio) vai se concentrar agora em um processo de “digestão operacional”, para adequar o ativo recém-adquirido ao modelo de negócios da companhia, especializada em ampliar a recuperação de óleo em campos maduros, porém sem renunciar a sua estratégia de novas aquisições.

“Vamos fazer a digestão operacional”, afirmou o diretor financeiro da Prio, Milton Rangel, à MegaWhat. “Mas o foco no M&A [sigla em inglês para fusões e aquisições] continua”, completou o executivo, acrescentando que a empresa continuará olhando oportunidades no setor.

Entre essas oportunidades está a aquisição de 100% do campo de Albacora, também na Bacia de Campos, cujas negociações exclusivas com a Petrobras seguem em curso. “Albacora é a transação mais latente no mercado”, disse o presidente executivo (CEO) e diretor de relações com investidores da Prio, Roberto Monteiro, durante teleconferência com investidores, em maio.

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Apesar da representatividade da aquisição de Albacora Leste, que praticamente dobra o volume de produção de óleo da Prio, Rangel lembra que este foi o primeiro “deal” da companhia no âmbito do plano de desinvestimentos da Petrobras. As principais aquisições anteriores foram de ativos de terceiros, como as dos campos de Polvo, Manati, Frade (com participação minoritária da Petrobras) e Wahoo.

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Outro patamar

A aquisição do campo de Albacora Leste coloca a Prio em um novo patamar de produção, saltando dos atuais 34 mil de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), para pouco mais de 60 mil de boe/d, praticamente dobrando o porte da companhia, considerando os dados de produção de maio. Os 10% remanescentes no campo pertencem à Repsol Sinopec.

Além disso, a eventual aquisição de Albacora, de acordo com dados da Associação Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), pode acrescentar cerca de 10 milhões de boe/d para a produção da Prio.

Além do efeito de curto prazo na produção e geração de caixa da empresa, a aquisição de Albacora Leste também tem impacto relevante no volume de reservas da companhia. De acordo com certificação feita pela DeGolyer & MacNaughton (D&M), as reservas provadas (1P) da petroleira totalizam 431,5 milhões de barris de petróleo. Considerando as reservas provadas, prováveis e possíveis (3P), o volume totaliza 883,7 milhões de barris. A fatia de 90% de Albacora Leste responde por aproximadamente metade desses volumes.

Questionado sobre o efeito do aumento da cotação do petróleo ao longo de 2022, principalmente devido à guerra entre Rússia e Ucrânia, para os indicadores da Prio, o diretor de operações da empresa, Francilmar Fernandes, reconhece a existência de um efeito positivo, mas não considera esse fator na visão de longo prazo da companhia, já que a volatilidade do preço do petróleo faz parte do negócio.

Mão de obra

Com a recente aquisição de Albacora Leste, a Prio planeja ampliar o número de empregados, atualmente da ordem de 450 pessoas. A companhia também pretende aperfeiçoar a mão de obra especializada, dentro da estratégia da empresa de explorar o potencial de sinergias de seus ativos e aumentar a recuperação de óleo em campos maduros.

Nesse sentido, um indicador importante da companhia no início deste ano foi o de custo de extração (lifting cost) no primeiro trimestre de US$ 11,2 por barril, o menor já registrado pela empresa. Segundo Monteiro, esse número pode recuar mais, com possibilidade de chegar a patamar abaixo de US$ 10 por barril no segundo semestre.

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