Óleo e Gás

Conselho da Petrobras analisa indicação de Bolsonaro para comando da estatal nesta terça-feira

Começou às 8h30 a reunião do conselho de administração da Petrobras, nesta terça-feira, 23 de fevereiro, que analisará, entre outros itens, a indicação feita pelo presidente Jair Bolsonaro de troca na presidência da estatal.

Na prática, os integrantes do colegiado devem deliberar se aceitam ou não a convocação de uma assembleia geral extraordinária para substituir Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna, diretor-geral da parte brasileira de Itaipu, no conselho da petroleira. A partir dessa substituição é que o conselho elegerá o novo presidente da companhia, que, pelo estatuto, deve fazer parte do colegiado.

Reação exagerada

Em movimento contrário a outras casas de análise, o UBS sugere a compra de ações da Petrobras. Para o banco, a queda de mais de 20% dos papeis da companhia, no pregão de ontem da B3, foi uma reação exagerada do mercado em relação às notícias divulgadas nos últimos dias.

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Em relatório intitulado “Quando números falam mais alto do que palavras”, assinado pelos analistas Luiz Carvalho e Gabriel Barra, o UBS destaca que a companhia está praticando preços de combustíveis muito próximos da paridade de importação, continua sendo exportadora líquida de petróleo e está mais protegida em relação ao passado do ponto de vista de governança, entre outros pontos.

Com relação à reunião de hoje do conselho da Petrobras, o UBS afirma que a contagem de votos dos integrantes do conselho será um marco importante sobre o assunto.

Considerando que “o diabo mora nos detalhes”, o banco lista três riscos em sua tese de investimento na petroleira: a alta acentuada nos preços do petróleo e na taxa de câmbio; uma mudança na estratégia do programa de desinvestimentos da companhia; e o acionista controlador, a União, forçar a empresa a subsidiar os preços dos combustíveis.