Óleo e Gás

Crise na Ucrânia eleva preço de GNL mas sem risco de desabastecimento, diz Petrobras

Crise na Ucrânia eleva preço de GNL mas sem risco de desabastecimento, diz Petrobras

A Petrobras enxerga uma elevação dos preços do gás natural liquefeito (GNL) para fins de importação, devido à crise causada pelo ataque russo à Ucrânia, nesta quinta-feira, 24 de fevereiro. Segundo o diretor de Refino e Gás Natural da petroleira, Rodrigo Costa Lima e Silva, porém, não há risco de desabastecimento do produto neste momento.

“Estamos acompanhando bem de perto, e as novas realidades de suprimento [de GNL], tanto para a Europa quanto para a Ásia, e o que podemos colocar é que não vemos risco na questão de movimentação de carga para atender os nossos compromissos contratuais. O que vemos, sim, é um impacto bastante significativo em custo”, disse o executivo, durante entrevista coletiva.

“Já vemos aí movimentações de precificações de GNL voltando ao patamar de US$ 30 por milhão de BTUs”, completou Silva, acrescentando que esse valor seria equivalente a US$ 300 por barril de petróleo.

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O diretor acrescentou que, devido à melhora do cenário hídrico no país, tanto os volumes de importação de GNL quanto os de vendas de gás natural recuaram no início deste ano, em relação ao último trimestre do ano passado. Segundo ele, neste momento, a importação de GNL está no patamar de 14 milhões de m³/dia, uma queda de mais de 40% ante o nível observado no fim de 2021, de 24 milhões de m³/dia.

“Ainda é um valor bastante expressivo, mas seguimos nesse patamar, buscando atender e manter a confiabilidade para os nossos clientes”, afirmou o diretor.

Com relação às vendas de gás, a melhora das condições do setor elétrico fez os volumes fornecidos pela Petrobras recuarem de 87 milhões de m³/dia no último trimestre de 2021, para cerca de 75 milhões de m³/dia, nos dois primeiros meses deste ano.

Térmicas a gás

A Petrobras também modificou sua estratégia com relação aos desinvestimentos na área de geração de energia. Na gestão anterior, do presidente Roberto Castello Branco, a companhia previa assegurar novos contratos de fornecimento de energia para, em seguida, vender parte das termelétricas a gás. Desde o lançamento do novo plano estratégico, 2022-2026, a empresa pretende manter as térmicas a gás e se desfazer de usinas movidas por outros combustíveis.

“Estamos continuamente avaliando o nosso portfólio. O que está no nosso plano estratégico é a otimização do portfólio termelétrico com foco na geração a gás, buscando sinergia com o portfólio de upstream [exploração e produção de óleo e gás]”, explicou Silva.

O diretor lembrou que a companhia já vendeu quase 1 gigawatt (GW) de capacidade de usinas a óleo combustível e diesel e pequenas centrais hidrelétricas.

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