A Edge, em parceria com a Tecpetrol, viabilizou sua primeira importação de gás natural argentino via Bolívia, para o mercado brasileiro. A operação faz uso da infraestrutura de gasodutos já existente entre os três países.
Em dezembro, a empresa recebeu a autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para importar o gás dos países, com volume de até 10 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia), pelo período de dois anos.
A importação foi liberada para o atendimento das demandas de consumidores livres e distribuidoras locais de gás canalizado situados no sistema Interligado de Gasodutos de Transporte do Brasil. O ponto de entrega será nas cidades de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
De acordo com o CEO da Edge, Demetrio Magalhães, o gás argentino terá um papel relevante na matriz energética da região. “Estamos atentos a todas as oportunidades para ampliar nosso portfólio sempre com foco em nossos clientes”, disse o executivo.
A Tecpetrol possui produção própria de 25 milhões de metros cúbicos por dia na Argentina, onde opera dois campos de gás convencional na Bacia Noroeste e o principal campo de gás não convencional do país: Fortín de Piedra, localizado na Bacia de Neuquén.
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O Plano Indicativo de Gasodutos de Transporte (PIG) 2024, publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) avaliou quatro alternativas para a importação argentina.
Entre as rotas, o estudo destacou: via Bolívia com a inversão do fluxo de gás do gasoduto entre Bolívia e Argentina; via Paraguai, por meio da construção de gasoduto pelo Chaco Paraguaio; direto pelo Rio Grande do Sul, com conexão em Uruguaiana; via Uruguai, com interconexão no Rio Grande do Sul pelo território uruguaio.
Matrix fez a primeira importação do gás argentino para o país
A MTX Comercializadora de Gás Natural Ltda, subsidiária da Matrix Energia, realizou em 1º de abril a primeira importação de gás natural argentino. A operação ocorreu por meio da parceria da MTX com a TotalEnergies Argentina e a estatal boliviana YPFB.
A molécula é fornecida pela TotalEnergies e passa pela interconexão entre os gasodutos de transporte argentino e boliviano, chegando ao Brasil pela infraestrutura da YPFB. Esta operação tem como objetivo atestar a viabilidade técnica da rota logística, que passa pela interconexão de diferentes agentes ao longo da cadeia de suprimento.
