A decisão da Petrobras de deixar de fornecer gás natural para distribuidoras do Nordeste, além dos contratos já firmados, a partir de 2022, contribui para a estratégia da Eneva de atuar como comercializadora do energético no mercado da região, afirmou o diretor de Marketing, Comercialização e Novos Negócios da companhia, Marcelo Cruz, nesta sexta-feira, 6 de agosto.
“Isso acaba ajudando de certa forma em uma iniciativa que a gente está fazendo como comercializador, provedor de soluções para esse mercado. Não imaginávamos que poderia acontecer antes da chamada pública. Mas é um elemento que se soma dentro dessa estratégia de alternativas de suprimento para o Nordeste e o Sudeste”, disse o executivo, durante teleconferência sobre o resultado do segundo trimestre.
A Eneva está realizando uma chamada pública de compra de gás natural, com possibilidade de entrega em diferentes localizações e condições. O objetivo da empresa é, de um lado, agregar oferta de produtores independentes e, de outro, demanda pela própria companhia por meio de novos investimentos.
Urucu
Com relação às negociações com a Petrobras para a aquisição do campo de Urucu, na Bacia do Solimões, no Amazonas, o processo seguem em ritmo normal, segundo o diretor de Finanças da geradora, Marcelo Habibe.
“[O processo] segue no curso normal, na forma bilateral com a Petrobras. Estamos negociando ainda, condições comerciais, jurídicas. Ainda não dá para abrir nada. O processo segue ritmo normal, dentro do cronograma”, completou ele.