Perto da Foz do Amazonas

ExxonMobil amplia produção da Guiana para 900 mil barris por dia

FPSO Liza Destiny, que opera na Guiana | Foto SBM
FPSO Liza Destiny, que opera na Guiana | Foto SBM

A ExxonMobil ampliou sua operação na Guiana com o início das atividades do FPSO Yellowtail, que começou a produzir na última sexta-feira, 8 de agosto. A embarcação tem capacidade de produção de 250 mil barris de óleo por dia, e pode armazenar até 2 milhões de barris.

Com isso, a capacidade de produção da Guiana aumenta 37%, superando 900 mil barris de óleo por dia. Até 2030, a ExxonMobil Guiana espera ter uma capacidade total de produção de 1,7 milhão de barris de petróleo equivalente por dia, em oito projetos no país.

Segundo o presidente da ExxonMobil Upstream Company, Dan Ammann, os projetos de óleo e gás na Guiana têm mais de 67% de mão-de-obra local, e envolvem 2 mil companhias guianenses.

O FPSO Yellowtail está localizado no bloco de Stabroek, que é operado pela ExxonMobil (45%) em parceria com as sócias Chevron (por meio da aquisição da empresa Hess, com 30%) e CNOOC (25%).

O primeiro óleo offshore na Guiana foi produzido no final de 2019. Atualmente, há quatro blocos em operação no país. Mais dois empreendimentos de 250 mil barris de óleo por dia devem iniciar a produção entre 2026 e 2028, enquanto outros dois estão em processo de solicitação de registro, com potencial de início de operação entre 2029 e 2030, segundo o Departamento de Informações Públicas da Guiana.

O departamento também informa que, com a operação do FPSO Yellowtail, a Guiana se torna o maior produtor de petróleo per capita do mundo.

Proximidade com Foz do Amazonas

As grandes reservas petrolíferas da Guiana são um dos fatores que embasam as expectativas sobre a Bacia da Foz do Amazonas, no litoral do Amapá, em função da proximidade com a costa amapaense. O bloco FZA-M-59, operado pela Petrobras, pode ser o primeiro a entrar em atividade na região, mas enfrenta impasses para licenciamento ambiental. Nesta terça-feira, 12 de agosto, a estatal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) têm reunião preparatória para a Avaliação Pré-Operacional (APO) do projeto