Gás natural

Gás argentino chega ao Brasil pela Matrix Energia

Gás passa pela Bolívia, em parceria com a YPFB; TotalEnergies fornece molécula

Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). Gás argentino chega ao Brasil pela Matrix Energia, por meio da infraestrutura boliviana. Molécula é fornecida pela TotalEnergies Argentina..
Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). Gás argentino chega ao Brasil pela Matrix Energia, por meio da infraestrutura boliviana. Molécula é fornecida pela TotalEnergies Argentina..

A MTX Comercializadora de Gás Natural Ltda, subsidiária da Matrix Energia, realizou nesta terça-feira, 1º de abril, a primeira importação de gás natural argentino. A operação ocorreu por meio da parceria da MTX com a TotalEnergies Argentina e a estatal boliviana YPFB. Assim, a molécula é fornecida pela TotalEnergies e passa pela interconexão entre os gasodutos de transporte argentino e boliviano, chegando ao Brasil pela infraestrutura da YPFB.

Esta operação tem como objetivo atestar a viabilidade técnica da rota logística, que passa pela interconexão de diferentes agentes ao longo da cadeia de suprimento. Nesta rota, é necessário inverter o fluxo do gás entre Bolívia e Argentina – historicamente, a Bolívia exportava gás para a Argentina mas, com o aumento na produção de Vaca Muerta, a necessidade de importação pela Argentina caiu e a Bolívia passou a destinar os volumes ao Brasil.

“Tendo iniciado suas operações de comercialização de gás natural em 2024, a Matrix Energia está empenhada em colaborar com a integração regional e, consequentemente, com a segurança energética do país utilizando-se de uma estratégia orientada à diversificação da oferta, competitividade e soluções integradas de gestão da cadeia de suprimento de gás”, diz a comercializadora em nota.

Caminhos para o gás argentino

O Plano Indicativo de Gasodutos de Transporte (PIG) 2024, publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) avaliou oito alternativas para transporte de biometano, interiorização do gás natural e da importação argentina, totalizando 2.336 quilômetros de projetos de gasodutos de transporte e R$ 29,3 bilhões de investimentos.

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Entre as rotas para viabilizar a oferta de gás natural argentino, o estudo destaca as rotas: via Bolívia com a inversão do fluxo de gás natural do gasoduto entre Bolívia e Argentina; via Paraguai, por meio da construção de gasoduto pelo Chaco Paraguaio; direto pelo Rio Grande do Sul, com conexão em Uruguaiana; via Uruguai, com interconexão no Rio Grande do Sul pelo território uruguaio, e importação de gás natural liquefeito (GNL).