Óleo e Gás

Manutenção do gasoduto Rota 1 reduzirá a atividade de quatro termelétricas em março

Quatro termelétricas da Petrobras terão sua atividade reduzida em março, em função de parada para manutenção do gasoduto Rota 1, também operado pela estatal e que abastece as usinas com gás natural do campo de Mexilhão e de outros ativos da bacia de Santos. O gasoduto, que tem capacidade de escoar 10 milhões de m³ por dia, estará em manutenção entre os dias 3 e 23 de março.

Tubes running in the direction of the setting sun. Pipeline transportation is most common way of transporting goods such as Oil, natural gas or water on long distances.
Tubes running in the direction of the setting sun. Pipeline transportation is most common way of transporting goods such as Oil, natural gas or water on long distances.

Quatro termelétricas da Petrobras terão sua atividade reduzida em março, em função de parada para manutenção do gasoduto Rota 1, também operado pela estatal e que abastece as usinas com gás natural do campo de Mexilhão e de outros ativos da bacia de Santos. O gasoduto, que tem capacidade de escoar 10 milhões de m³ por dia, estará em manutenção entre os dias 3 e 23 de março.

Com isso, a produção das unidades abaixo será afetada:

– Cubatão UG 1 (198 MW)

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– Juiz de Fora UG 1 (43,5 MW)

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– Nova Piratininga UG 1 e UG 2 (97,3 MW e 96,5MW)

– Termomacaé UG 7 e UG 8 (46,13 MW cada)

Juntas, as unidades geradoras que serão impactadas pela parada do Rota 1 têm potência de 527,5 MW.

Considerando que estas unidades não terão abastecimento, a Coordenação de Manutenções do Operador Nacional do Sistema (ONS) autorizou a parada para manutenção destes ativos. Assim, o ONS informa que haverá menor geração no Sistema Interligado Nacional (SIN) para atendimento nos períodos de maior demanda.

Para aumentar a geração quando as usinas servidas pelo Rota 1 estarão sem fornecimento, ONS solicitou a postergação de paradas de manutenção de outras unidades geradoras que, dessa forma, continuarão gerando enquanto as térmicas da Petrobras estiverem desabastecidas:

– UTE Termopernambuco

– UHE Mascarenhas de Moraes, UG 7 (Furnas)

– UHE Água Vermelha, UG 1, UG 2, UG 3 (AES Brasil)

– Ibitinga, UG 2 (AES Brasil)

– Porto Primavera, UG 10 (Auren)

– UHE Ilha Solteira UG 3 (CTG Brasil)

– UHE Jupiá UG 1, UG 2 e UG 3 (CTG Brasil)

– UHE Chavantes UG 2 (CTG Brasil)

– UHE Henry Borden Ext UG 4, UG 6, UG 7 (Emae)

– UHE Henry Borden Sub UG 2 (Emae)

– UHE Henry Borden Ext UG 7, UG 3, UG 5, UG, UG 7 e Henry Borden Sub UG 2 tiveram paradas autorizadas, com restrições de horário

– UHE Itaúba UG 2 (CSN)

– UHE Jacuí UG 5 (CSN)

As condições hidrometeorológicas e da carga serão semanalmente avaliadas pelo ONS e poderão ocorrer alterações nos cronogramas de manutenção propostos, que são avaliados pelos agentes.

Sobre a parada do Rota 1

A Petrobras fará parada programada da plataforma de Mexilhão e do gasoduto Rota 1, que escoa o gás natural produzido em Mexilhão e em outras plataformas do pré-sal e pós-sal da Bacia de Santos.

Neste período, a estatal pretende garantir o cumprimento dos contratos de fornecimento de gás por meio de gás natural liquefeito (GNL) e importação de gás boliviano. Para isso, vai operar os Terminais de Regaseificação de GNL da Baía de Guanabara (TRBGUA) e da Bahia (TRBA) em sua plena disponibilidade, com vazão instantânea de até 50 milhões de m³ por dia e está em contato com a boliviana YPFB para maximizar a oferta de gás natural importado.

A Petrobras também informou que vai reduzir o consumo de gás natural em suas refinarias, além de realizar as paradas programadas nas usinas térmicas. “O cronograma de paradas das termelétricas foi articulado antecipadamente com o ONS, visando ao mínimo impacto ao setor elétrico”, disse a empresa à MegaWhat.

As intervenções no gasoduto e na plataforma de Mexilhão foram planejadas com “vários meses” de antecedência, “considerando a sua complexidade e a necessidade de contratação de bens e serviços e coordenação da disponibilidade dos recursos necessários”, informou a estatal.