A decisão do governo de trocar o presidente da Petrobras deverá provocar um atraso no programa de venda das refinarias da companhia, de acordo com avaliação da Moody’s. Segundo a agência de classificação de risco, porém, o processo não deverá ser completamente interrompido, por causa da natureza de longo prazo das aquisições e porque o risco de interferência do governo na definição dos preços dos combustíveis no Brasil permanece inalterado.
Em comentário sobre a indicação do nome do general Joaquim Silva e Luna, atual diretor-geral da parte brasileira de Itaipu Binacional, para a presidência da Petrobras, no lugar de Roberto Castello Branco, a Moody’s afirmou que a medida tem efeito negativo porque evidencia uma contínua interferência política nas decisões de negócios da petroleira.
“É provável que a mudança de CEO da Petrobras provoque mudanças no conselho de administração e na alta administração da companhia”, afirmou a Moody’s, em nota.