A Petrobras acertou a compra de 800 milhões de toneladas de gás natural liquefeito (GNL) por ano com a empresa britânica Centrica. O contrato tem duração de 15 anos.
A Petrobras avalia que o negócio poderá aumentar sua competitividade no mercado brasileiro – desde a abertura do mercado com a Nova Lei do Gás (lei º 14.134/2021), a estatal tem visto a redução de sua fatia de mercado de gás natural. Entre 2021 e 2024, os volumes de gás vendidos anualmente pela Petrobras tiveram redução anual de 32,9%, 14% e 4,1%, respectivamente. As variações no fornecimento para térmicas contribuem para as contrações, assim como a participação de outros agentes no mercado.
Além disso, o GNL britânico poderá compensar as reduções nos volumes de gás importado da Bolívia, que também têm caído anualmente em função do amadurecimento das reservas bolivianas. Entre 2021 e 2024, o volume de gás importado da Bolívia pela Petrobras teve redução anual de 15%, 5,9% e 18,8%, respectivamente.
“O contrato com a Centrica está alinhado às prioridades da Petrobras de reduzir a sua exposição à volatilidade do mercado spot, aumentar a competitividade e ser a melhor opção nesse segmento para a composição do portfólio dos clientes. Também consideramos a contribuição desse importante insumo para a promoção da transição energética”, explica em nota o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim. A estatal também inclui entre as vantagens do acordo um aumento na segurança de suprimento de gás natural ao país.
O gás virá do portfólio da Centrica, incluindo as plantas de liquefação Sabine Pass e Delfin LNG. O acordo está sujeito à tomada de Decisão Final de Investimentos do projeto Delfin LNG, atualmente em desenvolvimento pela Delfin Midstream.
A Petrobras informa que a Centrica é uma das principais empresas globais de energia, com sede no Reino Unido. A companhia tem como foco o fornecimento de gás natural, eletricidade e serviços relacionados para clientes residenciais, comerciais e industriais em diversos países.