A Petrobras está negociando um novo contrato interruptível de importação de gás natural da Bolívia. A iniciativa faz parte das medidas a serem adotadas pela companhia para mitigar os impactos no fornecimento de gás para clientes e viabilizar o aumento da oferta de energia elétrica, durante o período da parada programada de manutenção da plataforma de Mexilhão e do gasoduto Rota 1, importante via de escoamento de gás natural produzido na Bacia de Santos.
A parada para manutenção das instalações será iniciada em 15 de agosto e está prevista para durar 30 dias.
De acordo com a Petrobras, trata-se de um novo contrato de gás, em relação ao que já foi firmado este ano e que cuja importação foi autorizada pelo Ministério de Minas e Energia. Naquela ocasião, o volume total de importação foi de até 5,08 milhões de m³/dia de gás destinado a atender a demanda do mercado termelétrico.
Com relação ao novo contrato em negociação, ainda não há informações sobre o volume a ser importado.
De acordo com a última versão do boletim mensal de acompanhamento da indústria de gás natural do Ministério de Minas e Energia, referente aos dados de março, o volume médio de gás natural importado da Bolívia naquele mês foi de 20,36 milhões de m³/dia de gás natural.
O gasoduto Brasil Bolívia (Gasbol) tem capacidade para transportar até 30 milhões de m³/dia de gás. Fontes ouvidas pela MegaWhat, no entanto, dizem não saber se há oferta suficiente de gás na Bolívia para atingir a capacidade do Gasbol, sobretudo neste período do ano, em que a Argentina também importa o insumo energético do país vizinho para calefação.