Óleo e Gás

Petrobras quer vender primeira refinaria ainda em 2020

A Petrobras está confiante em fechar a venda de sua primeira refinaria ainda em 2020. Segundo o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, as negociações com o potencial comprador da refinaria de Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, estão em estágio avançado.

“Esperamos fechar a negociação para a venda da Rlam até o fim do ano. Dado ao estágio atual da negociação, seguiremos a bom termo até o fim do ano”, afirmou o executivo, em entrevista coletiva online sobre o resultado do terceiro trimestre, nesta quinta-feira, 29 de outubro.

Em julho deste ano, a Petrobras informou que o Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, havia apresentado a melhor proposta durante a fase vinculante de venda da refinaria baiana.

Questionado se a Petrobras considera a possibilidade de solicitar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) uma prorrogação do prazo de venda de oito refinarias previsto para até o fim do próximo ano, o executivo afirmou que a empresa acredita que conseguirá alienar todos esses empreendimentos dentro do período estipulado.

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“Seria uma visão muito pessimista [pensar em uma prorrogação agora]. Continuamos confiantes que seremos capazes de fazer o dever de casa até o fim de 2021. Se, ao longo desse período de 14 meses que nos separam do final de 2021, nós percebermos alguma dificuldade de alcançar a meta, então discutiremos esse assunto com o Cade. Mas por enquanto não está no nosso radar, definitivamente”, afirmou.

Bolívia

Com relação à eleição de Luis Arce para a presidência da Bolívia e os potenciais efeitos para a renegociação dos contratos de importação de gás natural do país vizinho, a diretora de refino e gás natural da empresa, Anelise Lara, disse que o processo não altera a relação da Petrobras com a estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).

“A mudança de governo não altera em nada. Vamos continuar conversando com a YPFB e com o governo em vigor, sempre buscando um ‘ganha-ganha’ para os dois lados”, afirmou ela.

Segundo Anelise, a Petrobras tem consciência da sua importância como principal cliente para a YPFB, para o mercado de gás da Bolívia e para o desempenho da economia do país vizinho.

Com relação ao programa de venda de termelétricas da empresa, a diretora lembrou que a companhia pretende se desfazer de 16 de suas 29 usinas. Segundo ela, porém, a realização de leilão para contratação de termelétricas em 2021 será um fator importante para a geração de valor desses empreendimentos, para fins de venda. Na prática, caso a companhia consiga arrematar contratos de longo prazo para essas usinas no leilão, o valor de mercado dos empreendimentos vai aumentar.

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