Guerra de tarifas

‘Preço caindo assusta, mas projetos são resilientes a US$ 28’, diz Petrobras

Sylvia dos Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras
Sylvia dos Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras. Executiva informou que projetos da estatal resistem a petróleo a preços de até US$ 28 por barril | Foto: divulgação Petrobras

Em meio à alta volatilidade no preço do petróleo após o anúncio de novas tarifas de importação aos Estados Unidos pelo presidente norte-americano Donald Trump, a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, declarou que todos os projetos da estatal são “resilientes” a um preço do barril até US$ 28.

“O preço caindo assusta, mas todos os nossos projetos são resilientes, prospectivamente, ao Brent a US$ 28”, disse a executiva nesta quarta-feira, 9 de abril, durante o Fórum Brasileiro de Líderes de Energia, no Rio de Janeiro. Desde a última quarta-feira, 2 de abril, quando Trump anunciou as novas tarifas, o preço do Brent enfrenta grande volatilidade, com queda de cerca de 20%, e chegando a atuais US$ 60.

A jornalistas, Sylvia Anjos complementou que todos os projetos da companhia devem passar por três cenários e, na configuração destes cenários, há outras variáveis, como preço do dólar, variações na produção e no “comportamento”.

Segundo o Planejamento Estratégico 2025-2029 da Petrobras, o preço de US$ 28 por barril é o preço mínimo para equilíbrio para a manutenção do portfólio da empresa. A US$ 35 por barril, a estatal avalia conseguir manter 65% de seus investimentos (Capex), e US$ 45 por barril é o valor mínimo para que 98% dos investimentos da estatal sejam mantidos.

Cônsul norte-americano reforça parceria com Brasil

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

O cônsul-geral dos Estados Unidos no Brasil, Ryan Rowlands, reforçou a parceria entre os países. “Estamos dedicados a ajudar americanos e brasileiros a aproveitar a expertise uns dos outros para construir as soluções energéticas para o mundo que queremos juntos. A nossa missão diplomática garante que ambas as nações se beneficiam dos avanços no setor da energia através do fortalecimento de relacionamentos”, disse o cônsul no evento.

Ele destacou o intercâmbio entre os países no setor de energia, que dura “mais de 100 anos”, e observou que há abundância de oportunidades no setor no Rio de Janeiro, “que está na vanguarda de garantir a segurança energética”. Rowlands também mencionou a tendência de aumento na demanda por setores como data centers e inteligência artificial. “Políticas energéticas ponderadas e racionais são essenciais para apoiar essas tecnologias transformadoras”, avaliou.