Os preços dos contratos futuros de petróleo registram queda nesta quarta-feira, 3 de novembro, na véspera da próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia (Opep+), que pode definir um novo aumento no volume de oferta da commodity.
Às 13h15, o contrato do petróleo Brent para entrega em janeiro de 2022 era negociado com queda de 2,5%, a US$ 82,56 o barril. Já o petróleo WTI, em contratos para entrega em dezembro, apresentava queda de 3%, negociado a US$ 81,42 o barril.
Parte da queda é explicada pela confirmação do aumento em 3,3 milhões de barris dos estoques de petróleo nos Estados Unidos, totalizando 434,1 milhões de barris na última sexta-feira, de acordo com dado divulgado na tarde de hoje pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos.
Mais 400 mil barris/dia
Com relação à reunião da Opep+ desta quinta-feira, especialistas apostam em uma decisão de aumento de produção de 400 mil barris diários a partir de dezembro, conforme sinalizado anteriormente pelo cartel.
“A principal pressão sobre os preços do petróleo vem da incerteza percebida em torno da reunião da Opep+ na quinta-feira”, afirmou Louise Dickson, analista sênior de mercados de petróleo da consultoria Rystad Energy.
Segundo ela, especulações no mercado indicam que, se a Opep+ não aprovar um aumento da oferta na reunião de amanhã, os Estados Unidos, possivelmente em coordenação com outros países, deverão reduzir seus estoques estratégicos para contar uma nova alta do preço do petróleo.
No Brasil, a alta da commodity e a valorização do câmbio estão estimulando as exportações do produto, que alcançaram 1,6 milhão de barris/dia em agosto, o equivalente a uma receita de US$ 3,04 bilhões. Na última versão do Panorama do Petróleo, porém, a MegaWhat Consultoria mostra que, com a alta dos preços dos combustíveis no mercado nacional, houve um aumento da quantidade de óleo processada nas refinarias, que registrou um valor superior ao exportado.
