A parcela de petróleo da União nos contratos do pré-sal alcançou 86 mil barris de petróleo por dia em julho, o que representa um novo recorde após aumentos sucessivos na produção desde maio. O resultado é 21,1% acima da produção de junho e 79,1% maior do que em julho de 2023.
O volume é referente aos oito contratos de partilha (81,76 mil barris de petróleo por dia) e aos Acordos de Individualização da Produção (AIPs) das áreas não contratadas de Tupi e Atapu. Segundo a Pré-Sal Petróleo (PPSA), estatal que representa a União nos contratos de partilha, a produção em julho foi influenciada principalmente pelo aumento da produção de Mero.
Em gás natural, a União teve direito a uma produção de 175 mil m³ por dia, 5,4% maior do que o resultado de junho. Na comparação anual, entretanto, houve queda de 15,5%. Os dados fazem parte do Boletim Mensal da Produção, divulgado nesta terça-feira, 17, pela PPSA.
A diretora técnica e presidente Interina da PPSA, Tabita Loureiro, calcula que a União se posicionou, em julho, como a sexta maior produtora de petróleo do país. “Começamos o ano na nona posição no ranking e estamos crescendo. Vamos ter muito óleo para comercializar nos próximos anos”, disse.
Contratos de partilha de produção
A produção total dos contratos em regime de partilha, considerando as operadoras sócias da PPSA nos ativos, está estável em 1 milhão de barris de petróleo por dia desde junho. São oito contratos em produção e o campo de Búzios segue como o maior produtor, com cerca de 470 mil barris de petróleo por dia, seguido de Mero (302 mil barris de petróleo por dia) e Sépia (97,4 mil barris de petróleo por dia).
Desde 2017, início da série histórica, a produção acumulada em regime de partilha é de 873 milhões de barris de petróleo. A produção acumulada da União soma 48,4 milhões de barris.
Ainda em julho, a produção de gás natural disponível para exportação em regime de partilha foi de 4,1 milhões de m³ por dia. O resultado representa aumento de 8% em relação ao mês anterior. O melhor resultado foi devido ao aumento da exportação de gás no FPSO Carioca, no Campo de Sépia.
Leilão de óleo da União
Nesta quarta-feira, 18 de setembro, a PPSa vcai realizar a venda de 1,5 milhão de barris de óleo da União, em três cargas dos campos de Atapu, Sépia e Itapu. Esta será a primeira vez que o óleo de Itapu será comercializado pela PPSA.
Os carregamentos ocorrerão a partir do último bimestre de 2024. Os preços ofertados serão baseados no Brent. Todas as empresas que já atuam no pré-sal foram convidadas para participar do leilão, além da Refinaria de Mataripe, que já arrematou lote de óleo da União, e da Prio.
A partir de 2025, a PPSA espera realizar leilões também de gás natural da União, já que o decreto do Gás para Empregar possibilita que a estatal contrate diretamente estruturas de escoamento. Atualmente, o gás da União é vendido pela PPSA na saída dos navios-plataforma que estão em produção.