As receitas de exportação de petróleo da Rússia atingiram US$ 11,6 bilhões em fevereiro, queda de 42% em relação aos US$ 20 bilhões registrados em igual período do ano anterior. O dado consta no novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).
Para a entidade, a queda é justificada pela entrada em vigor do embargo da União Europeia aos derivados de petróleo refinado russo, visto que as exportações da commodity para o mercado global caíram para 500 mil barris do dia (bpd), chegando aos 7,5 milhões de bpd em fevereiro deste ano.
“O regime de sanções do G7 tem sido eficaz em não restringir o fornecimento global de petróleo e produtos, ao mesmo tempo em que reduz a capacidade da Rússia de gerar receitas de exportação”, diz a IEA.
Com menos exportações que iriam para a União Europeia, América do Norte, Ásia, Oceania e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o governo russo precisou encontrar novas rotas para o petróleo, conseguindo aumentar de 600 mil bpd para 800 mil bpd as exportações de carga “sem destino”, conforme o documento.
Além disso, o país representou cerca de 40% e 20% das importações de petróleo bruto da Índia e da China, respectivamente, em fevereiro. Já as remessas para a África, Turquia e Oriente Médio aumentaram em 300 mil bpd, 240 mil bpd e 175 mil bpd, respectivamente, enquanto a América Latina recebeu aproximadamente o mesmo que antes da guerra.
Enquanto a Rússia lida com a queda nas exportações, a oferta mundial de petróleo teve um crescimento de 830 mil bpd em fevereiro, para 101,5 milhões bpd em fevereiro, com os Estados Unidos e o Canadá se recuperando das tempestades de inverno e outras interrupções.
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