As reservas provadas de petróleo (1P) no Brasil cresceram 5,92% em 2024 na comparação com 2023, chegando a 16,8 bilhões de barris, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O aumento nas reservas em 2024 ocorreu mesmo com a produção acumulada de óleo e gás, que naquele ano foi de 1,58 bilhão de barris de óleo equivalente.
Os acréscimos nas reservas ocorrem em função de novos projetos de desenvolvimento, declarações de comercialidade e revisão das reservas dos campos por diferentes fatores técnicos e econômicos e, em 2024, compensaram os volumes produzidos. O índice de reposição de reservas provadas no ano passado foi de 176,63%, representando cerca de 2,171 bilhões de barris em novas reservas.
As reservas provadas correspondem à quantidade de petróleo ou gás natural que a análise de dados de geociências e engenharia indica com razoável certeza como recuperáveis comercialmente. Quando são usados métodos probabilísticos, a probabilidade de que a quantidade recuperada seja igual ou maior que a estimativa deverá ser de pelo menos 90%.
Já nas reservas prováveis (2P), a probabilidade de que a quantidade recuperada seja igual ou maior que a soma das estimativas das reservas provada e provável deverá ser de pelo menos 50%. Em 2024, a soma das reservas 1P + 2P foi de 24 bilhões de barris, com crescimento de 4,36% na comparação com 2023.
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Nas reservas possíveis (3P), a probabilidade de que a quantidade recuperada seja maior ou igual à soma das estimativas das reservas provada, provável e possível deve ser de pelo menos 10%. Em 2024, esta soma totalizou 29,17 bilhões de barris, montante 4,27% superior que o de 2023.
No caso do gás natural, foram declarados 546 bilhões de m³ de reservas 1P, 672,815 bilhões de m³ de reservas 2P e 740,505 bilhões de m³ de reservas 3P, correspondendo ao aumento em números absolutos de 5,17%, 4,35% e 4,26% respectivamente, se comparado com o ano de 2023.
Produção onshore pode crescer até 29% nos próximos cinco anos
Entre 2025 e 2029, a ANP calcula que a produção em campos terrestres (onshore) deverá crescer, atingindo o pico de 300,2 mil barris de óleo equivalente por dia em 2028 e fechando 2029 a 295,2 mil barris de óleo equivalente por dia. Em 2024, a produção terrestre foi de 232.328 barris de óleo equivalente por dia. Os cálculos são feitos a partir dos Programas Anuais de Produção que as operadoras dos campos enviam à agência.
“As atuais projeções indicam que, até 2028, será possível retornar aos patamares de produção que estavam sendo realizados em 2016 (298.935 barris de óleo equivalente por dia), evidenciando, assim, o impacto positivo das medidas regulatórias que vêm sendo implementadas pela ANP”, avalia a agência em nota.
A ANP tem implementado medidas para reverter a queda na produção onshore que começou a ocorrer em 2004 e que em 2022 atingiu o menor nível histórico, com produção de 206,72 mil barris de óleo equivalente por dia. Entre estas medidas, estão a redução da alíquota de royalties sobre a produção incremental (acima da curva de produção projetada), prorrogação da fase de produção dos contratos de concessão e redução da alíquota de royalties para empresas de pequeno e médio portes.
