A Petrobras avalia que o programa de revitalização de Marlim, na Bacia de Campos, deverá levar a uma produção adicional de 860 milhões de barris de óleo equivalente e estender a vida útil do campo até 2048, ano previsto para o final da concessão.
Antes da revitalização, a expectativa era de que a produção de Marlim se encerrasse em 2025 com a devolução do campo. Em volume diário, o incremento na produção equivale a pelo menos 115 mil barris de óleo equivalente por dia.
O projeto de revitalização de Marlim substituiu nove plataformas pelos FPSOs (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência) Anna Nery e Anita Garibaldi e, segundo a Petrobras, reduzirá em 55% as emissões de gases de efeito estufa, quando comparadas ao pico previsto nas antigas unidades.
Prêmio
A revitalização de Marlim foi o principal projeto apresentado pela Petrobras na Offshore Technology Conference (OTC), em Houston, nos Estados Unidos, em apresentação que considerou também outros campos maduros na Bacia de Campos.
Pelas inovações, a Petrobras conquistou o Distinguished Achievement Award, premiação concedida pela OTC para projetos que oferecem contribuições tecnológicas inovadoras para a indústria offshore mundial.
“Com o uso intenso de inovação e de tecnologia conseguimos aumentar em 230 mil barris por dia a produção da Bacia de Campos, que já era considerada por muitos uma área sem relevância no nosso portfólio”, disse o presidente da estatal, Jean Paul Prates, na cerimônia de premiação.
Essa foi a segunda vez que a Petrobras foi premiada por inovações implantadas no campo de Marlim. Em 1992, a OTC premiou os avanços tecnológicos alcançados pela companhia que viabilizaram para a indústria de óleo e gás mundial o uso de sistemas de produção em águas profundas. No total, a Petrobras foi premiada cinco vezes pela OTC e outras duas vezes na edição brasileira da conferência.
Revitalização da Bacia de Campos
Até 2028, a Petrobras pretende investir US$ 22 bilhões de reais na revitalização da Bacia de Campos e a instalar três novas plataformas de produção, nos campos de Albacora, Barracuda-Caratinga e Jubarte.
A Bacia de Campos, onde as primeiras descobertas ocorreram na década de 70, foi responsável por 20% dos 2,8 milhões barris de petróleo produzidos diariamente pela Petrobras em 2023.
Com os projetos de revitalização, que incluem intervenções em poços já em operação, perfuração de novos poços e instalação de plataformas mais modernas, a companhia pretende aumentar o volume de petróleo extraído dos reservatórios da Bacia de Campos e diminuir a emissão de gases de efeito estufa em mais de 35% na comparação com 2022.
Segundo o Plano Estratégico da companhia, a revitalização também deverá reduzir o custo de extração de óleo em 40% em relação ao acumulado em 2023.