O Terminal de Regaseificação de Suape firmou termo de compromisso com a Transportadora Associada de Gás (TAG) para a realização de estudos sobre a conexão do terminal à malha da transportadora. Assim, o gás natural liquefeito (GNL) que chegar ao país pelo porto em Pernambuco poderá ser injetado nos dutos da TAG, com possibilidade de atingir toda a rede do país.
“Para se alcançar o mercado maduro e com liquidez preconizado na Nova Lei do Gás, as fontes de suprimento de gás devem estar conectadas ao sistema de transporte permitindo que essa molécula esteja disponível para todo o mercado brasileiro” diz em nota o diretor-presidente da holding OnCorp, João Mattos. A OnCorp responde pelo terminal, após vencer processo para arrendamento do Cais de Múltiplos Usos (CMU), que funcionará exclusivamente para regaseificação de gás.
Para a diretora de Desenvolvimento de Novos Negócios da TAG, Luisa Franca, “a realização dos estudos de conexão do terminal é a primeira etapa para essa conexão”, conforme declarou em nota. A TAG já possui cerca de 300 quilômetros de gasodutos em operação no estado de Pernambuco, atendendo ao fornecimento do gás natural à companhia distribuidora local (Copergás) e indústrias em geral.
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Investimentos de R$ 60 bilhões
Em setembro, a OnCorp deve iniciar a segunda fase de recuperação do CMU, com R$ 60 milhões aplicados na substituição de placas nos banzos inferior e superior. O projeto do terminal tem investimentos totais de cerca de R$ 2 bilhões, considerando a construção (capex) e operação (opex) do empreendimento, que tem participação da Shell como cliente âncora. A petroleira deve usar o terminal para trazer gás que abastecerá a Termopernambuco, de 498 MW de potência e que foi vencedora do leilão de reserva de capacidade de 2021.
O Terminal de Regaseificação de Suape envolve o afretamento de uma Floating Ship Regaseification Unit (FSRU), embarcação capaz de regaseificar o GNL importado. Assim, o projeto viabilizará mais uma entrada de GNL no país, sendo a primeira em Pernambuco, estado que também não possui potencial de produção onshore ou offshore de gás.
