Final de 2025

EPE estuda liberar 4 GW de transmissão no Nordeste para atender geração e data centers

Transmissão
Linha de transmissão / Crédito: Tauan Alencar (MME)

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) conduz estudo para liberar 4 GW em capacidade de transmissão no Nordeste, com o objetivo de viabilizar projetos de geração de energia e atender ao aumento de grandes cargas, especialmente de data centers e hidrogênio verde na região. Segundo Thiago Ivanoski, diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da entidade, o levantamento será entregue ao Ministério de Minas e Energia (MME) até o final de 2025.

“O volume será viabilizado por meio de diversas alternativas, como a construção de novas linhas de transmissão, reforços e melhorias na infraestrutura existente, inclusão de novos transformadores e instalação de equipamentos com capacidade síncrona”, contou Ivanoski a jornalistas após participar de um painel no evento do Lide, realizado em São Paulo nesta quarta-feira, 23 de julho.

Até junho desde ano, foram protocolados 52 pedidos de acesso à Rede Básica do Sistema Interligado Nacional (SIN) para conexão de data centers nos estados da Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo. A demanda máxima acumulada desses pedidos pode atingir 13,2 GW até 2035, segundo a EPE, caso todos recebam pareceres de acesso favoráveis do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Para Ivanoski, essa tendência é um exemplo claro do dilema entre “o ovo e a galinha”, sendo papel necessário entender quem vem primeiro: a carga ou a infraestrutura de transmissão. Ele defendeu ainda um planejamento cuidadoso por parte da EPE, “degrau por degrau”.

Sinal econômico e preços realistas para o consumidor

Durante sua participação, Ivanoski também comentou as dificuldades enfrentadas pelos consumidores para compreenderem o melhor momento de consumir energia, ressaltando a importância de um sinal de preços mais aderente à realidade do mercado.

Ele avaliou que a abertura do mercado de energia para consumidores de baixa tensão, prevista na Medida Provisória nº 1.300, pode representar um avanço significativo ao oferecer um sinal econômico mais claro e, com isso, “reduzir os puxadinhos”.

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