Planejamento

Metas climáticas em economias emergentes dependem de aumento de investimentos privados, afirma IEA

Para atender à crescente procura por fontes renováveis e atingir as metas climáticas, estabelecidas no Acordo de Paris, de 2015, as economias emergentes e em desenvolvimento devem subir os investimentos anuais no setor, saindo dos US$ 770 bilhões em 2022 para até US$ 2,8 trilhões até o início de 2030, o que vai exigir uma maior participação de investimentos privados, complementando os públicos. O cálculo é do novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), em colaboração com a Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês).  “O mundo da energia está se movendo rapidamente, mas há um grande risco de muitos países ao redor do mundo ficarem para trás. O investimento é a chave para garantir que eles possam se beneficiar da nova economia global de energia”, afirma o diretor-executivo da IEA, Fatih Birol, no documento.

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Para atender à crescente procura por fontes renováveis e atingir as metas climáticas, estabelecidas no Acordo de Paris, de 2015, as economias emergentes e em desenvolvimento devem subir os investimentos anuais no setor, saindo dos US$ 770 bilhões em 2022 para até US$ 2,8 trilhões até o início de 2030, o que vai exigir uma maior participação de investimentos privados, complementando os públicos. O cálculo é do novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), em colaboração com a Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês). 

“O mundo da energia está se movendo rapidamente, mas há um grande risco de muitos países ao redor do mundo ficarem para trás. O investimento é a chave para garantir que eles possam se beneficiar da nova economia global de energia”, afirma o diretor-executivo da IEA, Fatih Birol, no documento.

Segundo o relatório, os investimentos públicos atuais são insuficientes para fornecer acesso universal à energia e combater as mudanças climáticas. Em outro relatório publicado neste mês, a agência aponta que a universalização o acesso à energia desacelerou nos últimos três anos

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Para atingir as metas estabelecidas, a IEA defende que dois terços dos financiamentos voltados a projetos renováveis devem vir de empresas privadas, que precisam aumentar as aplicações financeiras dos atuais US$ 135 bilhões para US$ 1,1 trilhão por ano até a próxima década.  

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A agência sugere, ainda, que uma parceria entre os setores públicos e privados pode ajudar na arrecadação de capital e, consequentemente, reduzir os riscos dos projetos – um conceito amplamente conhecido como financiamento misto.  

“As necessidades de investimento vão muito além da capacidade de financiamento público por si só, tornando urgente aumentar rapidamente o financiamento privado. Como mostra este relatório, isso oferece muitas vantagens e oportunidades, incluindo acesso expandido à energia, criação de empregos, indústrias em crescimento, maior segurança energética e um futuro sustentável para todos”, diz Birol. 

Também é enfatizado no relatório a necessidade de maior apoio técnico, regulatório e financeiro internacional para liberar o potencial de energia renovável nas economias emergentes e em desenvolvimento.  

Na avaliação da agência internacional, ao fortalecer as estruturas regulatórias, instituições e a infraestrutura energética, os países podem melhorar o acesso ao financiamento, ajudando os governos a superar os obstáculos que impedem os investimentos em energia limpa hoje, incluindo custos iniciais relativamente altos. 

“A batalha contra as mudanças climáticas será vencida nas economias emergentes e em desenvolvimento, onde o potencial de energia limpa é forte, mas o nível de investimentos está muito abaixo do que deveria. Para atender às demandas prementes de energia e metas de redução de emissões em economias emergentes e em desenvolvimento, precisamos mobilizar o capital privado em velocidade”, diz o diretor administrativo da IFC, Makhtar Diop, no relatório.  

O documento estima, ainda, que de US$ 80 bilhões a US$ 100 bilhões em financiamentos devem ser destinados anualmente a projetos que envolvem tecnologias mais recentes, que ainda não são competitivas em muitos mercados, como armazenamento em baterias, energia eólica offshore, dessalinização com energia renovável ou hidrogênio de baixo carbono.