O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revisou para baixo a carga prevista para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste em julho, refletindo principalmente as temperaturas mais baixas esperadas para o próximo mês. O consumo em julho deve ser de 41.100 MW médios, o que representa crescimento de 4,1% na comparação com julho de 2023, mas menor que os 42.911 MW médios que eram esperados na edição anterior do Programa Mensal da Operação (PMO).
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), após as elevadas temperaturas registradas entre abril e maio, junho teve “anomalias positivas” mas já abaixo dos patamares dos meses anteriores, o que levou o consumo a 41.583 MW médios, abaixo dos 45 mil MW médios que tinham sido projetados no PMO realizado no fim do mês passado.
Para agosto, a projeção agora é de um crescimento de apenas 1,2% na carga do Sudeste/Centro-Oeste, a 41.909 MW médios. A previsão mais recente constava na primeira revisão quadrimestral da carga, de março, e apontava para um aumento de 4% no consumo de agosto.
O resultado em 2024, por sua vez, ainda é limitado, já que esses são meses com consumo relativamente menor do que o registrado durante o verão. A revisão quadrimestral da carga previa uma carga de 44.744 MW médios em 2024, em média, o que representaria alta de 3,7%. Agora, o PMO revisou a projeção para um crescimento de 3,5%, a 44.673 MW médios.
Efeito na carga no SIN
A situação do Sudeste/Centro-Oeste é a maior responsável pela nova projeção de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN), que é de um crescimento de 4,5% em julho, chegando a 73.514 MW médios. Mês passado, o PMO apontava uma alta maior, de 7,5%.
Em agosto, o ONS prevê que a carga do SIN cresça 2,4% na base anual, a 74.823 MW médios, abaixo dos 4% de crescimento previstos antes. No ano, também ouve revisão ligeiramente para baixo, saindo de uma alta de 3,8% para um crescimento de 3,7%, a 78.578 MW médios.
Tudo na mesma
Nas demais regiões do país, que, juntas, não chegam a metade da carga do Sistema, o ONS não fez grandes alterações nas previsões de carga em comparação com o que esperava antes.
No Sul, os efeitos das fortes chuvas de maio ainda são sentidos na carga, mas o ONS manteve as projeções, que indicam alta de 3,8% em julho, a 12.554 MW médios, e de 2,6% em agosto, em 12.638 MW médios. No ano, o crescimento esperado continua sendo de 2,7%, a 13.422 MW médios.
No Nordeste, o ONS reduziu a projeção de alta de 8,1% para 5,2% em julho, chegando a 12.204 MW médios. Com isso, retornou à previsão da última revisão quadrimestral de carga, já que as premissas consideradas envolvem um comportamento mais normalizado para a carga na região.
A projeção de agosto foi mantida em alta de 4,1%, a 12.317 MW médios, mas o ONS revisou para cima a previsão de crescimento da carga do Nordeste em 2024, saindo de uma alta de 3,8% para 4,3%, a 13.033 MW médios, refletindo a consolidação do comportamento da carga visto desde março, quando a projeção foi feita.
No Norte, a situação é semelhante, e o ONS manteve as projeções, também sem novidades em relação ao que era esperado antes. Em julho, a carga deve crescer 6,9%, a 7.656 MW médios, e em agosto a alta será de 6%, em 7.959 MW médios. Em 2024, a previsão foi ligeiramente revista para cima, saindo de alta de 6,6% para 6,7%, a 7.691 MW médios.