O setor de energia brasileiro demandará investimentos de R$ 3,2 trilhões até 2031, de acordo com a versão preliminar do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031, colocada em consulta pública nesta segunda-feira, 24 de janeiro, pelo Ministério de Minas e Energia. O prazo para envio de contribuições é de um mês.
Desse total, R$ 2,7 trilhões (81,9%) deverão ser investidos na indústria de petróleo e gás natural. O mercado de energia elétrica deverá investir R$ 528 bilhões (16,2%), sendo R$ 292 bilhões em geração centralizada, R$ 135 bilhões em geração distribuída (GD) e R$ 101 bilhões em transmissão.
Também estão previstos investimentos de R$ 60 bilhões em produção de biocombustíveis líquidos, sendo R$ 58 bilhões em etanol e R$ 2 bilhões em biodiesel e bioquerosene de aviação (BioQAV).
De acordo com o documento, a capacidade instalada do parque gerador brasileiro deve crescer 75 gigawatts (GW), ou 37%, até 2031, para 275 GW. Autoprodução e GD devem registrar um crescimento de 162%, para 55 GW. A rede de transmissão de energia do país também deve aumentar 33,6 mil km (19%) nos próximos dez anos, para 209 mil km.
A produção petrolífera brasileira deve crescer 77%, na mesma comparação, para 5,169 milhões de barris diários, em 2031. No mesmo horizonte, a produção de gás natural deve saltar 97%, totalizando 245,8 milhões de m³/dia.