Política Energética

Cada R$ 1 investido em transmissão destrava R$ 3 em energias renováveis, diz MME

Às vésperas do primeiro leilão de transmissão do ano, o secretário de transição energética do Ministério de Minas e Energia (MME), Thiago Barral, falou sobre a importância do certame para enfrentar o desafio da resiliência climática. Segundo ele, os assuntos se convergem quando o assunto é transição energética, já que certame pode fazer uma integração regional, garantindo a segurança energética e a sustentabilidade, além de destravar investimentos em energias renováveis.

Cada R$ 1 investido em transmissão destrava R$ 3 em energias renováveis, diz MME

Às vésperas do primeiro leilão de transmissão do ano, o secretário de transição energética do Ministério de Minas e Energia (MME), Thiago Barral, falou sobre a importância do certame para enfrentar o desafio da resiliência climática. Segundo ele, os assuntos se convergem quando o assunto é transição energética, já que certame pode fazer uma integração regional, garantindo a segurança energética e a sustentabilidade, além de destravar investimentos em energias renováveis.

“Amanhã teremos um terceiro de uma série de megaleilões, que estão transformando a infraestrutura de transmissão do Brasil. Para cada R$ 1 real investido em transmissão nos estimamos que vamos destravar R$ 3 em investimentos para renováveis, trazendo mais segurança energética e sustentabilidade”, disse Barral durante o 8° Fórum Econômico Brasil-França, realizado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo nesta quarta-feira, 27 de março.

O tema foi tratado pelo secretário ao trazer alguns pontos do “diagnóstico” da pasta sobre as discussões nacionais em transição energética, no qual pontou que a oferta de eletricidade está menos da metade do mundo, assim como o consumo de energia per capital no Brasil, que ainda é um terço da média mundial, apesar da matriz elétrica ser formada por cerca de 85% de renováveis, acima dos 30% da média mundial, e quando incorporada os combustíveis a matriz energética flutua para cerca de 45%, contra 15% da média global.

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Segundo o Barral, os números são um ponto de partida e ajudam o MME a traçar uma estratégia futura com base em alguns aspectos fundamentais que podem trazer um crescimento substancial da demanda e da oferta de eletricidade, com potencial de saltar dos atuais 18% para 40%, considerando o cenário de neutralidade climática.

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“Precisamos encontrar soluções de baixo carbono para atender a necessidade de renovar moléculas de origem fóssil, transformando-as em limpas. Isso é fundamental para que esses combustíveis atendam o setor comercial e de transporte, por exemplo, mas desafios precisam ser enfrentados”, disse Barral.

Entre os gargalos, Barral pontou a necessidade de investimentos para combater a pobreza energética, em infraestrutura para integrar o Brasil e o aumento da resiliência climática.

“No Brasil estamos passando por ondas de calor, estresse hídrico, períodos de grande escassez hídrica e de incêndios. Isso exige de nós, essa é a impressão que eu tenho, quando olhamos os projetos individualmente, que precisam ser cada vez mais eficientes, olhando o sistema na totalidade. Algumas estratégias envolvem, inclusive, a integração regional. A integração que nos permite, tem nos permitido, lidar com esses riscos”, afirmou o secretário.