Política Energética

Carga para os sistemas isolados apresenta redução de 1,8% em 2021

Carga para os sistemas isolados apresenta redução de 1,8% em 2021

A carga de energia para o ano de 2021 nas 212 localidades dos sistemas isolados será de 475 MW médios, representando uma redução de 1,8% em relação à carga prevista no ciclo de 2020. A queda foi provocada, principalmente, pelos impactos da pandemia no consumo de energia elétrica observado em todo o país.

A previsão consta no Sumário Executivo do Plano Anual da Operação dos Sistemas Isolados para 2021 (PEN SISOL 2021), disponibilizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Os sistemas isolados estão localizados nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima, além de Fernando de Noronha, no estado de Pernambuco.

Os estados do Amazonas e Roraima possuem o maior número de sistemas isolados e, consequente, a maior carga entre os estados sob o mesmo regime. Respectivamente, a carga prevista para 2021 nesses estados é de 209,21 MW médios e 157,79 MW médios.

Apesar da queda total na carga de energia, os sistemas isolados nos estados no Mato Grosso, Amazonas e no interior de Roraima terão aumento da carga para o ano de 2021, respectivamente, de 15,6%, 3,4% e 2,1%.

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A maior redução da carga acontece no sistema isolado de Rondônia e Pará, com quedas de 18,5% e 12,4%. Em Fernando de Noronha, não houve alteração na projeção da carga para o próximo ano.

Ainda segundo o documento, a composição da matriz que continuará atendendo aos sistemas isolados deve ser predominantemente de termelétrica a óleo diesel, com 99% de participação, sendo apenas 1% de geração hidráulica.

O estudo sobre os sistemas isolados ainda aponta que dos 84 empreendimentos licitados no leilão de 2016 para atendimento dos sistemas isolados do Amazonas, apenas 39 entraram em operação comercial. As usinas deveriam ter iniciado a geração em 2018. Mesmo assim, o relatório não considera que os 45 empreendimentos restantes entrarão em operação durante o próximo ano.

No planejamento também foi considerado o atraso na entrada em operação dos projetos do leilão de 2019, para atendimento aos sistemas isolados de Boa Vista.

Conforme os resultados apresentados, a geração com base em contratos de energia atinge montantes de 2.125.559 MWh de térmica a diesel, 98.249 MWh de térmica a gás natural e 43.200 MWh de térmica a biomassa, o que representa, cerca de 55% do total de geração prevista para reembolso da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).

Para a geração térmica própria dos agentes de distribuição dos sistemas isolados, com uso de óleo diesel e gás natural, os montantes atingidos a serem reembolsados são de 1.793.722 MWh, equivalentes ao consumo de 494.290 m ³ de diesel, e 60.455 MWh, equivalentes ao consumo de 18,058 MMm ³ de gás natural.

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