
O governo federal lançou nesta quinta-feira, 4 de setembro, o Gás do Povo, iniciativa para ampliar o acesso ao gás liquefeito de petróleo (GLP), com recursos de R$ 3,57 bilhões.
O objetivo é promover a inclusão social, segurança alimentar e combate à pobreza energética, disponibilização botijão de gás gratuito para 15,5 milhões de famílias, e beneficiando cerca de 50 milhões de pessoas.
Segundo o governo, o programa será financiado integralmente com recursos já previstos no orçamento federal de 2025, mas sem novos encargos financeiros para o governo.
“58 mil postos de revenda começam, a partir de novembro, a distribuir o gás. Vocês verão pelas ruas, verão nas vilas, verão nos morros, nos nossos aglomerados, os postos de distribuição com a placa”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a jornalistas depois do evento de lançamento em Minas Gerais.
Como o programa vai funcionar
Terão direito ao benefício as famílias inscritas no CadÚnico com renda per capita de até meio salário-mínimo por mês, com prioridade para aqueles que recebem o Bolsa Família.
Cada família terá direito a uma quantidade de botijões por ano, conforme a composição familiar: até três botijões para famílias de dois integrantes; até quatro para famílias com três integrantes; e até seis botijões anuais para famílias com quatro ou mais membros. Ao total, o programa distribuirá cerca de 65 milhões de botijões por ano.
A operacionalização será feita de diversas formas: por meio de um aplicativo gerido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), onde o beneficiário poderá localizar revendas credenciadas e acessar o vale eletrônico; com o cartão do próprio programa que será criado; por meio de vale impresso a ser retirado nas agências da Caixa Econômica Federal ou em lotéricas; ou com o cartão do Bolsa Família.
A revenda participante terá identidade visual padronizada, incluindo nos pontos de venda, botijões, veículos e materiais de comunicação.
O valor do benefício será definido de forma regionalizada pelos ministérios de Minas e Energia (MME) e da Fazenda, com base em dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A diferenciação do preço por unidade da federação considera as variações regionais e busca reduzir desigualdades. O preço de referência não inclui o frete de entrega do gás de cozinha.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o GLP já chega a 91% dos lares brasileiros, o que, segundo o MME, demonstra que a estrutura de distribuição é adequada para atender ao aumento da demanda, ampliando a segurança energética em todo o país.