Política Energética

Geração térmica e importação batem 22.121 MW med em outubro, maior marca desde abril

Geração térmica e importação batem 22.121 MW med em outubro, maior marca desde abril

A geração térmica e a importação de energia da Argentina e Uruguai, considerando os fatores por ordem de mérito, inflexibilidade e garantia energética, somaram 22.121 MW médios em outubro. O montante tem apresentado crescimento nos últimos seis meses, saindo de 10.253 MW médios em abril e tendo um maior salto em junho (16.532 MW médios).

O motivo, conforme apresentado na reunião do Programa Mensal da Operação (PMO) realizada nesta quinta-feira, 28 de outubro, pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), são justamente as medidas de garantia energética.

A geração por ordem de mérito apresentou redução a partir de setembro, quando alcançou 12.623 MW médios, ante aos 13.993 MW médios em agosto, e fechando outubro em 7.444 MW médios. Da mesma forma, a inflexibilidade termelétrica saiu de 5.301 MW médios em agosto, fechando outubro em 5.049 MW médios.

Já os ganhos de transferência do Nordeste para o submercado Sudeste/Centro-Oeste apresentaram grande variação, dada a oscilação da geração eólica em outubro, que apresentou redução na comparação com os últimos três meses.

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A geração eólica verificada no subsistema Nordeste bateu a sua menor marca desde julho, alcançando pouco mais de 8,7 mil MW médios, enquanto em agosto somou mais de 9 mil MW médios, e em agosto e setembro, ficou acima de 10,3 mil MW médios em cada mês.

No acumulado de outubro o ganho de transferência foi de 944 MW mês, representando 0,46% da Energia Armazenada máxima do submercado Sudeste/Centro-Oeste. Já no acumulado de agosto a outubro, o ganho alcançou 4.763 MW mês, o que representou para o submercado 2,34% da EAR máxima.

A flexibilização do critério termina em novembro, coincidindo com a entrada do período úmido e  uma expectativa de redução ainda maior da geração eólica no Nordeste. A partir de dezembro o Operador retoma o limite N-2.

Até o momento, o período úmido está se configurando no prazo, apesar do fenômeno La Niña, que ocorre pelo segundo verão seguido e que tem por característica a redução da precipitação nas regiões Sul e Sudeste.

Mesmo com as chuvas de outubro sem atraso, o gerente-executivo da Programação da Operação do ONS, Vinícius Forain Rocha, indicou que a transição ocorre de forma positiva, mas ainda “não nos dá nenhuma certeza de como será o ano hidrológico 2021/2022”.

As condições hidrológicas estimadas para os submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul, apresentaram melhoria na Média de Longo Termo (MLT) em outubro, com o primeiro fechando o mês acima de 100% da MLT, e o Sul em torno de 90%. No Nordeste, a MLT permaneceu em 44%, assim como em setembro, enquanto o Norte apresentou melhoria, mais ainda com 90% da MLT.

Como política de operação, o ONS adotará a preservação do armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, com a minimização da geração na bacia do rio Paraná e exploração do intercâmbio entre os submercados Norte-Sudeste/Centro-Oeste e Norte-Nordeste.

As condições de armazenamento de reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) será mantida no decorrer de novembro pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) em especial, do Sudeste/Centro-Oeste.

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