O governo pretende reduzir o desmatamento na Amazônia para algo entre 4 mil a 5 mil km2 por ano até o fim de 2022, afirmou o vice-presidente, o general Hamilton Mourão, nesta quarta-feira, 21 de outubro.
Em 2019, o desmatamento na Amazônia Legal alcançou 10,3 mil km2, de acordo com apresentação feita pelo diretor de assuntos socioambientais e sustentabilidade do Instituto Acende Brasil, Alexandre Uhlig, durante fórum sobre preservação e desenvolvimento da Amazônia, realizado pelo instituto, em parceria com a MegaWhat.
“Nosso planejamento é prosseguir com essas operações [contra o desmatamento] até o final deste mandato do presidente [Jair] Bolsonaro, e, quando ele assumir seu novo mandato, já estarmos com uma redução significativa, levando esses níveis de desmatamento para uma faixa de 4 a 5 mil km2 por ano”, disse Mourão, em evento realizado e transmitido à distância pelo BNDES.
O vice-presidente acrescentou que “existe uma bolha que nos envolve e não nos deixa difundir os resultados alcançados pelas decisões tomadas pelo presidente”. Segundo ele, o governo tem conversado com segmentos da sociedade, representantes da imprensa, embaixadores de países estrangeiros e formadores de opinião, para apresentar o resultado das ações feitas no combate ao desmatamento.
Mais cedo, durante o fórum do Instituto Acende Brasil, a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira afirmou que o Brasil deve inovar na discussão sobre sustentabilidade na Amazônia, em vez de realizar guerras de narrativas. Ela acrescentou que a “Amazônia está sendo perdida para o crime”.
Segundo Izabella, o Brasil precisa desenvolver uma plataforma de desenvolvimento sustentável para a Amazônia.
Presente ao evento do BNDES, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, por sua vez, afirmou que o Brasil está perdendo na guerra das narrativas, mas está ganhando na guerra das ações.
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XII Fórum Instituto Acende Brasil – Preservação e desenvolvimento da Amazônia (21/10)