A indústria de energia brasileira demandará investimentos de R$ 2,3 trilhões nos próximos dez anos. A estimativa está incluída na minuta do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 20230, colocada em consulta pública nesta segunda-feira, 14 de dezembro.
Do total de investimentos previstos para o período, a maior parte (82,7%, ou cerca de R$ 1,9 trilhão) é estimada para o setor de petróleo e gás natural.
Na área de energia elétrica, estão previstos investimentos de R$ 328,6 bilhões. Desse montante, são estimados R$ 239 bilhões para geração (sendo R$ 70 bilhões para geração distribuída) e R$ 89,6 bilhões para transmissão.
O PDE 2030 prevê ainda investimentos de R$ 68,5 bilhões para o incremento da oferta de biocombustíveis líquidos no período.
Ainda de acordo com o estudo, as fontes renováveis devem responder por 48% da matriz energética do país em 2030, contra os atuais 49%. Considerando apenas a matriz elétrica, a participação de fontes renováveis deve crescer dos atuais 83% para 85%.
Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, a elaboração da versão atual do PDE foi mais desafiadora, devido às incertezas decorrentes da pandemia de covid-19. “Por outro lado, inovamos na apresentação do trabalho, lançando cadernos ao longo da elaboração do plano, mesmo antes da abertura de consulta pública. A ideia foi antecipar o diagnóstico dos impactos sobre as projeções e antecipar debates mais relevantes”, completou ele.