Um dos maiores desafios para o novo governo na área de energia elétrica é aprimorar a governança setorial, ampliando a independência institucional e reduzindo interferências pelo legislativo. A avaliação é do presidente da PSR, Luiz Augusto Barroso, para quem o mercado de energia foi capturado por interesses de segmentos específicos que prejudicam o todo.
“O setor tem inúmeros desafios e possivelmente o principal deles é melhorar a governança setorial, com mais independência institucional e com o setor resolvendo suas questões internamente e não através de interferências do legislativo”, afirmou Barroso à MegaWhat.
“O setor foi ao longo do tempo capturado por muitos interesses e escolhas não transparentes. Muitas interferências buscando incentivos específicos para segmentos de mercado foram feitas. E a cada interferência beneficiando uma fonte, a ‘outra’ fonte reage também buscando um benefício. Esta busca de bens localizados produz um mal distribuído que se reflete em tarifas caras e um setor com eficiência aquém daquela que o consumidor merece. O crescimento destes movimentos é nosso maior risco”, completou o presidente da consultoria.
Especialista frequentemente consultado por governos do Brasil e exterior para explicações técnicas sobre o mercado de energia, Barroso avalia que a equipe que atua no trabalho de transição de governo na área de energia possui larga experiência, o que alimenta a expectativa de que surjam propostas que possibilitem entregar energia barata, limpa e segura para o desenvolvimento econômico do país.
Fundada por Mario Veiga, uma das maiores referências do setor elétrico brasileiro, a PSR se tornou uma das principais consultorias do país e celebrou 35 anos neste mês. A companhia conta com 130 especialistas e atua em 70 países, centrada no tripé de desenvolvimento de modelos computacionais, consultoria e inovação.
Além de Veiga e Barroso, a direção executiva da PSR é composta por Raphael Chabar e Rafael Kelman. Há dois anos, a empresa firmou parceria estratégica com o banco BTG Pactual, que adquiriu o controle da companhia.
“Nosso maior orgulho desses 35 anos é a formação das pessoas. É um privilégio ter convivido, aprendido, trabalhado junto e acompanhado o desenvolvimento profissional de cada um dos colaboradores dessa equipe”, afirmou Veiga.
