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A Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês) afirmou que, apesar das expectativas de altas demandas para o hidrogênio verde, o mercado atual dessa fonte ainda precisa evoluir, principalmente no que diz respeito ao estabelecimento de políticas voltadas à descarbonização do setor industrial.
Dessa forma, os relatórios “Hidrogênio Verde para a indústria” e “Resumo de certificações para Hidrogênio Verde”, desenvolvidos pela agência e por sua coalizão para ação (Irena Coalition for Action, no inglês), priorizam a indústria e o planejamento setorial, ressaltando a relevância de sistemas de rastreamento para o desenvolvimento do setor de hidrogênio verde.
“Esses novos relatórios são particularmente oportunos, porque o hidrogênio verde precisa de rápidas ações políticas para garantir e maximizar suas contribuições para a transição energética. Como sabemos, o panorama de transição energética global da Irena para um cenário de 1,5°C prevê que o hidrogênio reduzirá cerca de 10% dos gases de efeito estufa necessários até 2015”, explica Rabia Ferroukhi, diretora do Centro de Conhecimento, Política e Finanças da Irena.
Segundo Ruud Kempener, representante político da Comissão Europeia, a União Europeia também enxerga o hidrogênio como uma opção viável para a redução das importações de gás natural, visando um consumo de 50% de hidrogênio verde até 2030. A meta atual do grupo de países gira em torno de 5,6 toneladas de hidrogênio verde até 2030.
Entretanto, a agência afirma que o uso do hidrogênio verde na indústria ainda sofre empecilhos relacionados a custo, barreiras técnicas e falta de mercado para materiais e produtos verdes, além de falta de políticas ambiciosas e riscos de vazamento de carbono.