A potência instalada do Sistema Interligado Nacional (SIN) deve ter um crescimento de 41 GW nos próximos dez anos, alcançando 221 GW. Dessa expansão, 78% correspondem a empreendimentos contratados exclusivamente no mercado livre de energia, que hoje possuem 2 GW de potência e devem chegar a 34 GW no horizonte.
Os dados constam na análise Panorama da Energia Elétrica, do curto ao longo prazo, publicado pela MegaWhat Consultoria. A expansão total considera empreendimentos existentes, contratados por meio dos leilões regulado e mercado livre, além de descomissionamento de usinas a óleo combustível (4,56 GW), a carvão (1,22 GW) e de eólicas do Proinfa (1,28 GW).
Fonte dos dados: CCEE e Aneel
O levantamento também ressalta a possibilidade de descomissionamento das eólicas do Proinfa, uma vez que possuem tecnologia antiga e baixa eficiência quando comparada com as tecnologias atuais. Entretanto, em função da possibilidade de prorrogação dos atuais contratos por mais 20 anos, há possibilidade da manutenção dessa usinas no sistema.
Na expansão de potência do mercado livre, predominam usinas das fontes solar, biomassa e eólica, sendo que as duas primeiras possuem mais de 90% da potência viabilizada exclusivamente no ACL. No mesmo sentido, 69% da expansão da fonte eólica ocorre no mercado livre.
Fonte dos dados: CCEE e Aneel
O estudo ainda aponta que as renováveis correspondem a 86% da matriz energética do SIN. Neste ano, as fontes renováveis devem representar 155 GW e contar com um acréscimo de 37 GW até 2026. São consideradas fontes não renováveis as termelétricas convencionais e nucleares, que somam 25 GW em 2021, chegando a 29 GW em 2025.
