Política Energética

MS quer incentivar instalação de biodigestores; potencial é de 70,8 milhões de kW/ano

MS quer incentivar instalação de biodigestores; potencial é de 70,8 milhões de kW/ano

A Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar do Mato Grosso do Sul quer incentivar a instalação de biodigestores na produção de suínos do estado para geração de energia, por meio da transformação de dejetos. A iniciativa reforça a estratégia do governo de conseguir se tornar Estado Carbono Neutro até 2030.

De acordo com dados elaborados pela Coordenadoria de Pecuária da secretaria, atualmente as granjas cadastradas produzem 6,5 bilhões de litros de dejetos de suínos, que se fossem convertidos em gás metano seriam capazes de produzir 70,8 milhões de kW/ano de energia elétrica.

Diante deste potencial, a meta da Semagro é incentivar mais produtores a adotarem a alternativa e investir para transformar os dejetos em metano e posteriormente em energia elétrica. “Esta ação está prevista dentro da certificação de propriedades avançadas dentro do subprograma”, afirmou o secretário Jaime Verruck.

“Se usássemos toda a produção de gás metano das granjas do Estado, podíamos gerar mais de 70 milhões de kW de energia elétrica no ano. Transformava isso em metano e depois em energia. Temos potencial de 52% das granjas que poderiam produzir energia”, calcula o titular da Semagro.

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Segundo o estado, das 250 granjas cadastradas no subprograma Leitão Vida, 110 possuem biodigestores que evitam a liberação do gás metano produzido pelos animais na natureza. Mas a novidade é que 29 propriedades já transformam este biogás em energia, gerando mais 12,3 milhões de kWh por ano. Isso daria para abastecer uma cidade com pouco mais de 5 mil habitantes durante um ano. As demais evitam que o metano seja liberado na natureza.

De acordo com o coordenador de Pecuária da Semagro, Marivaldo Miranda, das 110 granjas que possuem biodigestor no Estado, somente 36% delas ou 29 unidades fazem aproveitamento energético que viram 12,3 milhões de kW/ano. Isso daria para abastecer uma cidade com pouco mais de 5 mil habitantes. “Ou seja, do total de granjas inscritas no subprograma, somente 17% fazem aproveitamento energético. Isso é pouco. Temos aí um enorme potencial”, afirmou Miranda.

Ele destaca que 48,23% dessas granjas dispõem de biodigestores anaeróbicos com capacidade de produzir 34.183.300,63 m³de metano, com potencial de gerar 34.183.300,63 kWh/ano de energia elétrica. “Isso poderia ser aproveitado na geração de energia para abastecer a propriedade ou até ser comercializado no sistema”, pontuou.

Miranda informou ainda que a maioria das que geram energia são Unidades de Produção de Leitões (UPLs). “Queremos difundir a ideia, de que pessoas queimem o metano ou transformem em energia elétrica”, avalia.