Operação

ONS mantém operação para recuperar reservatórios do NE e SE

Centro de operações do ONS (Divulgação)
Centro de operações do ONS | Divulgação

O mês de janeiro começou com destaque de recorde de temperatura, especialmente na semana passada de 18 a 24 de janeiro, e com precipitação acima da média. O destaque foi apresentado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) durante o primeiro dia da reunião do Programa Mensal da Operação (PMO) de fevereiro, realizada nesta quinta-feira, 30 de janeiro.

Janeiro também foi marcado pela redução do volume de precipitação na região Sul e aumento na região Norte e Nordeste, com destaque para as bacias dos rios São Francisco, Tocantins, Paranaíba e o trecho da bacia do Madeira, no território boliviano, onde o volume foi superior à média.

Por isso, para fevereiro, a expectativa é de redução da geração hidráulica no Nordeste, para replecionamento dos reservatórios, mesmo após a região ter saído da faixa de atenção. “Temos que aproveitar essa fase, as afluências ainda em fevereiro, na tentativa de replecionar os reservatórios na medida do possível”, explicou o operador.

No Sudeste, a operação da geração será dimensionada para controle do nível e atendimento dos períodos de carga média e pesada, e alocação da folga de potência monitorada nas usinas das cabeceiras dos rios Grande e Paranaíba.

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“Seguimos com a política de recuperação das cabeceiras para a preservação dos estoques, para enfrentamento do período seco. Então a gente mantém a nossa reserva, que é a folga de potência, ali nas cabeceiras do rio Grande e Paranaíba”, continuou o ONS em sua apresentação.

A geração também deve ser dimensionada na região Sul, para controle do nível e atendimento à carga pesada, alocação da folga de potência monitorada no rio Grande e Paranaíba.

No Norte, o ONS deve explorar os recursos energéticos em todos os patamares de carga, contudo, limitada pela questão elétrica motivada pela saída bipolo Xingu – Terminal Rio.

Destaques do ONS de janeiro

A região Sudeste apresentou as temperaturas mais elevadas desde o início do verão e o Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou um novo recorde de demanda instantânea. Comparado com janeiro de 2024, a carga teve alta de 4,1%, enquanto na comparação com o mês anterior, de 3,9%.

O atendimento dessa carga se deu por 93% de fontes renováveis, sendo 70% da fonte hidráulica, 10% da eólica e 13% de solar.  

A configuração da La Niña ocorreu em dezembro de 2024 e as previsões mais recentes indicam que o fenômeno deve ter intensidade fraca e com curta duração, impactando significativamente a precipitação nas bacias do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Para os próximos três meses – fevereiro a abril – as previsões indicam maior probabilidade de ocorrência de precipitação entre normal e abaixo da média nas bacias sistemas Norte, Nordeste e Sudeste.

Evolução do armazenamento

O ONS verificou uma evolução dos armazenamentos em janeiro, quando comparado com 31 de dezembro de 2024.

No Sudeste, houve um aumento de 9,9 pontos percentuais (p.p.), enquanto o Sul registrou queda de 16,5 p.p. Os submercados Nordeste e Norte apresentaram as maiores recuperações, de 17,7 p.p. e 22,5 p.p., respectivamente.

Com dados observados até 28 de janeiro, as condições de armazenamento são de 76% no submercado Norte, 67% no Nordeste, 61% no Sudeste/Centro-Oeste, e de 63% no Sul.

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