O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira, 6 de julho, o enquadramento do investimento em plantas de gás natural e energia nuclear como renováveis no regulamento de taxonomia climática da União Europeia (UE). Caso não ocorra objeção à proposta até 11 de julho, a classificação das fontes no regulamento do bloco passará a valer a partir de 1º de janeiro de 2023.
O texto foi aprovado por 278 votos de deputados do bloco. Segundo o parlamento, a decisão abre espaço para mais investimentos privados nestas fontes.
O regulamento faz parte do plano de ação da Comissão Europeia sobre o financiamento do crescimento sustentável. A medida prevê que as usinas nucleares sejam consideradas ‘verdes’ caso consigam descartar com segurança os resíduos radioativos.
Para as plantas de gás, a resolução considera que a fonte poderia ser considerada como renovável, se até 2035, tiver uma economia de baixo carbono.
A UE tem como meta reduzir em 55% suas emissões de carbono até 2030, e zerar as emissões até 2050.
Investimentos nas fontes
No início do ano, a Comissão Europeia já havia feito uma proposta para facilitar investimentos nessas fontes por serem atreladas à transição para uma economia de baixo carbono, e quando os 27 países membros do bloco já sofriam os impactos da alta nos preços de energia decorrentes da pandemia.
Em 28 de junho, o grupo das sete economias mais desenvolvidas do mundo, o G7 (formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e o Canadá) defenderam, em comunicado, um aumento no ritmo de produção de gás natural e do uso da energia nuclear.
