O setor elétrico terá que resolver questões envolvendo os sistemas isolados e das tarifas de energia sem subsídios, afirmou o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa.
“Em todas as conversas com ministro [de Minas e Energia, Alexandre Silveira,] foi falado sobre a racionalização de custos da energia elétrica em todo o país, em reduzir subsídios e em discutir tarifa de Itaipu. Nesse momento, temos a percepção que não são necessários tantos subsídios para o setor elétrico”, afirmou Feitosa durante painel do CEO Conference, evento do BTG Pactual, promovido nesta quarta-feira, 7 de fevereiro.
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Segundo o diretor-geral, nos últimos anos, os subsídios destinados ao segmento somaram algo equivalente a todo faturamento do setor de distribuição em um ano. Um caminho apontado por Feitosa para reduzir os incentivos seria a alocação “eficiente” dos custos setoriais.
A visão da Casa Civil
Em outro painel, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o governo federal está procurando maneiras de avançar com as discussões do setor elétrico sem usar “tantos subsídios”.
“[É uma das prioridades do governo] avançar na solução da questão do financiamento do sistema elétrico brasileiro, no seu reequilíbrio, e dar continuidades para os investimentos em energia renovável, mas sem tantos subsídios e com uma vantagem competitiva que o Brasil conseguiu”, afirmou Costa, destacando que o assunto é uma das prioridades do governo em 2024.
De acordo com o ministro, como o ano legislativo é mais curto, dadas as eleições municipais do segundo semestre, a seleção de assuntos a serem tratados nas Casas serão escolhidos “minuciosamente”.