Política Energética

Térmicas a óleo serão substituídas por combinação de renováveis e usinas a gás, diz EPE

O conjunto de termelétricas a óleo combustível e diesel previsto para ser descontratado entre 2022 e 2026 deve ser substituído por uma combinação de projetos de fontes renováveis de energia e térmicas a gás natural, afirmou nesta quarta-feira, 30 de setembro, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral. Segundo ele, a forma de contratação desses novos empreendimentos, porém, ainda está sendo estudada pelo Ministério de Minas e Energia.

“A substituição dessas térmicas [a óleo e diesel] deve se dar por uma combinação por [fontes] renováveis por termelétricas a gás. Isso traz um efeito de melhoria da nossa estrutura e nosso mix de fontes”, afirmou Barral, em entrevista coletiva por meio eletrônico, após participar do Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico (Enase).

De acordo com análise feita pela MegaWhat, o volume de energia de térmicas a diesel e óleo a ser descontratado entre 2022 e 2026 soma 2.195 megawatts (WM) médios.

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Essa nova estratégia difere do plano anterior do governo, que previa a substituição dessas térmicas basicamente pela contratação de usinas a gás natural e carvão por meio de um leilão de energia nova e existente, que ocorreria no primeiro semestre do ano. O certame, porém, foi cancelado devido aos efeitos da pandemia de covid-19.

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Questionado sobre como seria a nova forma de contratação de energia para substituir as térmicas a diesel e óleo, Barral afirmou que não há uma decisão sobre o tema. “Estamos olhando diferentes modalidades de leilões de energia nova e de energia existente. O Ministério de Minas e Energia não concluiu esse modelo”, completou.

Segundo o executivo, não há mais tempo hábil para realização de leilões. “Estamos fazendo o planejamento de 2021, 2022 e 2023”, afirmou.

Orçamento

Barral também contou que, com relação ao orçamento da estatal para 2021, cerca de 65% dos recursos voltados para despesas discricionárias (por exemplo: aluguel, energia, telefone, contratação de consultorias e modelos, etc), de um total de R$ 40 milhões, estão contingenciados, na proposta de Lei Orçamentária para o próximo ano, no Congresso.

Para destravar esses recursos, são necessárias emendas na proposta. “Estamos com o apoio do Ministério de Minas e Energia buscando reverter essas condições”, completou Barral.

O orçamento da EPE para 2021 também prevê um valor de R$ 89 milhões para despesas de pessoal. A estatal possui 289 empregados.

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