Com mais de 1,4 mil processos sob a sua relatoria e 147 reuniões públicas, o diretor Ricardo Tili encerra seu mandato no colegiado da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na próxima quinta-feira, 22 de maio.
Ficam para redistribuição de relatoria para outros gabinetes 42 processos, dos quais 37 ainda estão em discussão nas áreas técnicas da agência reguladora. Tili mencionou o processo sobre o armazenamento, que não conseguiu concluir.
“Mas eu engajei muito nesse processo [armazenamento]. Acho que a revisão da norma da comercialização varejista é o que proporcionou abrir o caminho para uma abertura de mercado mais ágil, mais segura, mais célebre e aí caminhamos, tudo indica para a abertura do mercado do grupo B”, disse o diretor em seu discurso.
Colegiado e trajetória de Tili
O diretor ainda mencionou outros diretores do colegiado com quem compartilhou decisões, como a diretora-geral do substituto Camila Bonfim, os diretores Efraim Cruz e Helvio Guerra, além do trabalho do secretário-geral Daniel Dana, que a partir da próxima reunião ordinária assume como diretor-substituto, bem como dos atuais diretores na cadeira do colegiado.
“O diálogo constante com esses atores, mesmo quando permeado por divergências naturais, enriqueceu o processo regulatório e nos permitiu encontrar os melhores caminhos para os desafios que se apresentaram”, continuou Tili.
A diretora Agnes da Costa ressaltou o aprendizado junto ao diretor e que “a gente está nos lugares, mas dificilmente a gente sai do setor, né, então, a gente vai continuar, com certeza, trabalhando junto de alguma forma. Obrigada por toda essa parceria e esses anos de convívio”.
Já o diretor Fernando Mosna destacou a trajetória de 20 anos de setor elétrico, no segmento de distribuição e da oportunidade de ser diretor de uma então estatal do tamanho da Eletronorte, até a possibilidade de sentar cadeira de diretoria de uma agência reguladora.
Mencionando a cordialidade de Tili, Mosna ainda reforçou o papel do diretor em buscar “a convergência e minimizar os conflitos” durante seu mandato.
Para o diretor-geral Sandoval Feitosa, a passagem de Tili pello colegiado da Aneel marca um momento importante da agência, mas que infelizmente, diante do ambiente de escassez de pessoal e de recursos, não foi possível levar à frente diversas boas ideias que o diretor teve, todas elas voltadas sempre ao bem-estar dos servidores.
“Peço desculpas, já pedimos ontem, eu, a Agnes, que estava presente, a Ludmilla, no dia a dia, a gente pode ter falhado, enfim, mas saiba que de coração nunca foi nada pessoal, apenas as discussões do dia a dia, e que a sua passagem pela diretoria da Aneel me fez, e com certeza os meus colegas, muito melhores como pessoas”, disse o diretor-geral da Aneel.