De partida

Diretor Ricardo Tili encerra mandato com 42 processos para redistribuição

Mandato termina em 22 de maio, próxima quinta-feira; o secretário-geral Daniel Danna deve ser convocado como diretor-substituto para ocupar a cadeira.

Ricardo Tili - 2025.05.20 - 17ª Reunião Pública Ordinária de 2025 da Aneel
Diretor Ricardo Tili conclui seu mandato de três anos nesta semana depois de relatar mais de 1.400 processos.

Com mais de 1,4 mil processos sob a sua relatoria e 147 reuniões públicas, o diretor Ricardo Tili encerra seu mandato no colegiado da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na próxima quinta-feira, 22 de maio.

Ficam para redistribuição de relatoria para outros gabinetes 42 processos, dos quais 37 ainda estão em discussão nas áreas técnicas da agência reguladora. Tili mencionou o processo sobre o armazenamento, que não conseguiu concluir.

“Mas eu engajei muito nesse processo [armazenamento]. Acho que a revisão da norma da comercialização varejista é o que proporcionou abrir o caminho para uma abertura de mercado mais ágil, mais segura, mais célebre e aí caminhamos, tudo indica para a abertura do mercado do grupo B”, disse o diretor em seu discurso.

Colegiado e trajetória de Tili

O diretor ainda mencionou outros diretores do colegiado com quem compartilhou decisões, como a diretora-geral do substituto Camila Bonfim, os diretores Efraim Cruz e Helvio Guerra, além do trabalho do secretário-geral Daniel Dana, que a partir da próxima reunião ordinária assume como diretor-substituto, bem como dos atuais diretores na cadeira do colegiado.

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“O diálogo constante com esses atores, mesmo quando permeado por divergências naturais, enriqueceu o processo regulatório e nos permitiu encontrar os melhores caminhos para os desafios que se apresentaram”, continuou Tili.

A diretora Agnes da Costa ressaltou o aprendizado junto ao diretor e que “a gente está nos lugares, mas dificilmente a gente sai do setor, né, então, a gente vai continuar, com certeza, trabalhando junto de alguma forma. Obrigada por toda essa parceria e esses anos de convívio”.

Já o diretor Fernando Mosna destacou a trajetória de 20 anos de setor elétrico, no segmento de distribuição e da oportunidade de ser diretor de uma então estatal do tamanho da Eletronorte, até a possibilidade de sentar cadeira de diretoria de uma agência reguladora.

Mencionando a cordialidade de Tili, Mosna ainda reforçou o papel do diretor em buscar “a convergência e minimizar os conflitos” durante seu mandato.

Para o diretor-geral Sandoval Feitosa, a passagem de Tili pello colegiado da Aneel marca um momento importante da agência, mas que infelizmente, diante do ambiente de escassez de pessoal e de recursos, não foi possível levar à frente diversas boas ideias que o diretor teve, todas elas voltadas sempre ao bem-estar dos servidores.

“Peço desculpas, já pedimos ontem, eu, a Agnes, que estava presente, a Ludmilla, no dia a dia, a gente pode ter falhado, enfim, mas saiba que de coração nunca foi nada pessoal, apenas as discussões do dia a dia, e que a sua passagem pela diretoria da Aneel me fez, e com certeza os meus colegas, muito melhores como pessoas”, disse o diretor-geral da Aneel.