Regulação

PL do Senado prevê aumento na remuneração de PPSA

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou nesta terça-feira, 11 de junho, um projeto de lei que determinando que a remuneração da estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA) ocorra de acordo com contratos firmados. O projeto será apreciado pela Comissão de Infraestrutura (CI), que terá decisão final se não houver recurso para ser votado pelo plenário da Casa.

PL do Senado prevê aumento na remuneração de PPSA

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou nesta terça-feira, 11 de junho, um projeto de lei que determinando que a remuneração da estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA) ocorra de acordo com contratos firmados. O projeto será apreciado pela Comissão de Infraestrutura (CI), que terá decisão final se não houver recurso para ser votado pelo plenário da Casa.

Os recursos para investimento e custeio da atividade empresarial da estatal advém do contrato de remuneração com o Ministério de Minas e Energia (MME) e da parcela do Bônus de Assinatura a cada licitação no regime de partilha da produção. O Contrato de Remuneração é uma contrapartida pelos serviços prestados na gestão dos contratos de partilha de produção e na representação da União nos procedimentos de individualização da produção de petróleo e gás natural e nos acordos deles decorrentes.

Segundo informações do site da PPSA, a remuneração pela gestão e representação da União nos contratos é proporcional ao número de contratos, à dimensão dos blocos, à quantidade de módulos da etapa de desenvolvimento e à vazão de fluidos produzidos, conforme as fases e as etapas de cada deles.

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Na proposta do Senado, a empresa pública poderá ser remunerada segundo os contratos firmados, cujos cálculos levarão em consideração custos que hoje ficam de fora. Para o relator do projeto, senador Eduardo Gomes (PL-TO), a medida pode aumentar os recursos da estatal, visto que o modelo atual está sujeito a receitas insuficientes para cobrir as despesas da estatal, pois os contratos da PPSA com o MME precisam ser renovados constantemente e estão sujeitos a bloqueios orçamentários feitos pelo governo. Segundo Eduardo, em 2024 a estatal terá 24 contratos de partilha para gerir, quando até 2018 era apenas um.

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“A empresa terá de duplicar esforços para colocar o gás no mercado e sabe-se que as atividades de comercialização de gás natural no Brasil são complexas (…) Quanto mais contratos, maiores são os esforços de estudos e auditoria das atividades. No entanto, o crescimento das atividades não condiz com o contrato celebrado entre o MME e a PPSA (…) Há riscos atrelados à limitação do orçamento e a contingenciamentos no orçamento do MME, como já ocorreu no passado”, diz Gomes.

PPSA em 2023

A estatal encerrou 2023 com uma arrecadação de R$ 6,02 bilhões, alta de 28% em relação ao ano anterior, e lucro de R$ 34 milhões. Os números fazem parte dos relatórios da administração da empresa, publicados no final de maio, sobre o desempenho da estatal na gestão de 23 contratos de partilha de produção, comercialização de 16 milhões de barris de petróleo da União e 43 milhões de metros cúbicos do gás da União.