Henrique Rodrigues escreve: Um novo protagonismo energético

Opinião da Comunidade

Henrique Rodrigues escreve: Um novo protagonismo energético

Por: Henrique Rodrigues* Enquanto o país coleciona recordes na instalação de sistemas fotovoltaicos de pequeno porte por meio da geração distribuída, a geração centralizada também avança a passos largos. Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) mostram que a produção de energia nas grandes usinas solares conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) praticamente dobrou no último ano, passando de 1,18 GWm em fevereiro de 2022 para 2,05 GWm no mesmo mês deste ano. Em termos de potência instalada, por sua vez, os dados compilados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) também chamam a atenção: quase inexistente na matriz elétrica brasileira no início de 2017, a fonte atingiu 4,6 GW no final de 2021 e saltou para 8,37 GW em março último.

Energias eólica e solar vão liderar a expansão de renováveis em 2023, aponta IEA

Eólica

Energias eólica e solar vão liderar a expansão de renováveis em 2023, aponta IEA

Impulsionadas por políticas de incentivo, preocupações com a segurança energética e preços mais altos dos combustíveis fósseis, a expansão das energias renováveis devem apresentar um crescimento de 107 GW neste ano e adicionar mais de 440 GW em 2023 no mundo. Os dados são do novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). “Esses fatores estão superando o aumento das taxas de juros, os custos de investimento mais altos e os desafios persistentes da cadeia de suprimentos. A solar e eólica estão liderando a rápida expansão da nova economia global de energia. Este ano, o mundo deve adicionar uma quantidade recorde de energias renováveis aos sistemas elétricos – mais do que a capacidade total de energia da Alemanha e da Espanha juntas”, afirma o diretor- executivo da IEA, Fatih Birol, no relatório.

Agentes defendem novo 'acordo' do setor elétrico para resolver assimetrias e corrigir problemas

Política Energética

Agentes defendem novo 'acordo' do setor elétrico para resolver assimetrias e corrigir problemas

As assimetrias crescentes do setor elétrico, com aumento de subsídios, novas fontes e tecnologias, e tarifas de energia cada vez mais altas, exigem a formulação de um novo "acordo" para impedir que esses problemas se tornem insustentáveis no futuro. Em discurso no painel de abertura do Fórum Brasileiro de Líderes em Energia, no Rio de Janeiro, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Efrain Cruz, defendeu o que chamou de "novo grande acordo do setor elétrico brasileiro".

JBS investe R$ 54 milhões na produção de biogás e estuda utilização em transporte, venda e GD

Combustíveis

JBS investe R$ 54 milhões na produção de biogás e estuda utilização em transporte, venda e GD

A JBS está instalando biodigestores para dar um novo destino ao metano emitido em suas operações industriais, por meio da produção de biogás. A primeira fase da iniciativa recebeu investimento de R$ 54 milhões e deve reduzir em 65% as emissões escopo 1 do negócio, o que representa uma diminuição de 24,6% nas emissões escopo 1 de todas as atividades da JBS no Brasil.

Tereos aposta em consumidor varejista e eletromobilidade para 2023

Biomassa

Tereos aposta em consumidor varejista e eletromobilidade para 2023

Com um modelo de negócio voltado principalmente ao setor açucareiro, a Tereos pretende aumentar sua participação no setor elétrico por meio da comercialização de energia destinada ao mercado livre e da eletromobilidade. O objetivo da companhia é iniciar, ainda neste ano, sua atuação no segmento de eletromobilidade por meio da instalação de eletropostos em diversas regiões do país, principalmente em São Paulo, onde há a maior concentração de carros elétricos.  

Maria Fernanda Soares e Guilherme Vidal escrevem: A longa caminhada da estocagem subterrânea de gás no Brasil

Opinião da Comunidade

Maria Fernanda Soares e Guilherme Vidal escrevem: A longa caminhada da estocagem subterrânea de gás no Brasil

Por: Maria Fernanda Soares e Guilherme Vidal Nogueira de Miranda* Em tempos de reflexão sobre o Novo Mercado do Gás, é necessário chamar a atenção para uma atividade que ganha cada vez mais espaço no Brasil: a estocagem subterrânea de gás natural (ESGN), que consiste no seu armazenamento em formações geológicas como os reservatórios depletados de petróleo e gás. A grande vantagem da ESGN é que o gás estocado pode ser liberado sob demanda, o que gera flexibilidade para o mercado, por meio de uma gestão mais eficiente das oscilações da demanda do gás (peak-shaving), da intermitência da geração elétrica e do preço do gás importado. Isso permite a redução da sazonalidade tarifária e contratos de fornecimento de gás mais flexíveis, com alternativas às cláusulas de Take-or-Pay.

Rio de Janeiro (RJ), 23/05/2023 – O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, no Seminário Empoderamento Negro para Transformação da Economia. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Economia e Política

Mercadante anuncia R$ 20 bilhões em linha de crédito do BNDES para inovação

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou, nesta quinta-feira (25), em São Paulo, que o banco de fomento vai liberar R$ 20 bilhões em crédito para investimentos em inovação no país. Mercadante deu a informação ao participar do evento Dia da Indústria, que está sendo realizado na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

Renovação das concessões de distribuição é oportunidade para combater desequilíbrio tarifário, diz Sandoval Feitosa

Distribuição

Renovação das concessões de distribuição é oportunidade para combater desequilíbrio tarifário, diz Sandoval Feitosa

A renovação das concessões de 20 distribuidoras que vencem nos próximos anos apresenta uma grande oportunidade para que o governo atue contra os desequilíbrios na tarifa de energia, disse Sandoval Feitosa, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), durante a abertura do Prêmio de Satisfação do Consumidor. "O Brasil superou a ausência de eletrificade em uma parcela significativa da população, mas temos que ter condições de pagar a conta, realidade que tem se afastado cada vez mais", disse Feitosa.

Eólica Vestas/ Crédito: Peter Dazgatz (pixabay)

Empresas

Vestas defende política industrial verde e alerta para problemas na cadeia de fornecedores das eólicas

Prestes a completar 10 GW em projetos para sua turbina V150 no Brasil, a fabricante dinamarquesa de aerogeradores Vestas ainda tem a fábrica cheia por "uns bons anos", mas vê com preocupação a falta de crescimento da demanda por nova energia no país. Para Eric Gomes, vice-presidente de Vendas da Vestas no Brasil, o momento é desafiador, mas cria oportunidades para o setor trabalhar junto ao governo para criar mecanismos que estimulem a economia verde, como financiamentos sustentáveis mais competitivos.

Entidades pedem solução da Cemig para gargalo em novas conexões de MMGD

Empresas

Entidades pedem solução da Cemig para gargalo em novas conexões de MMGD

Com 242 mil unidades de geração distribuída e 2,7 GW em potência instalada da fonte solar, até o momento, o estado de Minas Gerais enfrenta um “esgotamento” em pontos de distribuição e de transmissão para conexão de projetos de mini e microgeração distribuída (MMGD) da fonte solar fotovoltaica, segundo Marney Tadeu Antunes, diretor da Cemig Distribuição, estatal que é concessionária de 97% do território do estado.

Estratégia comercial de preços vai maximizar vantagens competitivas da Petrobras, diz Jean Paul Prates

Combustíveis

Estratégia comercial de preços vai maximizar vantagens competitivas da Petrobras, diz Jean Paul Prates

A nova estratégia comercial de preços da Petrobras rompe com a obrigação de cumprir a paridade de preços internacionais (PPI), mas não vai deixar de considerá-los como uma referência na precificação dos combustíveis. Segundo Jean Paul Prates, presidente da estatal, o modelo não reflete interferência do governo, mas sim um ajuste para maximizar as vantagens competitivas da companhia no Brasil, a fim de garantir sua rentabilidade e também a fatia de mercado.

Taxa de juros elevada acentua crise da Light, diz Ibef

Distribuição

Taxa de juros elevada acentua crise da Light, diz Ibef

A taxa de juros muito alta no Brasil é um desafio adicional enfrentado pela Light, que se encontra endividada e com geração de caixa insuficiente para pagar os compromissos e apresentou um pedido de recuperação judicial na última sexta-feira, 12 de maio. Segundo Charles Putz, membro do conselho de administração do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP), os juros altos, com a permanência da taxa selic em 13,75%, agravam as dificuldades da companhia não só para rolar ou pagar dívidas à medida que vencem, mas até mesmo para cumprir os pagamentos dos juros da dívida.