A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (RIDE-DF) – composta por mais de 30 municípios de Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal – poderia acomodar sete usinas de recuperação energética (URE), num total de 138 MW. A geração dessas usinas é da ordem de 1,1 milhão de MWh/ano, suficiente para suprir o consumo de mais de 1,8 milhão de residências.
A expectativa consta em levantamento da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), sobre as regiões com maior potencial de geração de energia a partir do lixo urbano.
Segundo a Abren, a instalação de sete plantas de recuperação energética pode envolver investimentos superiores a R$ 4,9 bilhões e gerar 8,3 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Além disso, a associação estima uma arrecadação de R$ 7 bilhões em tributos durante o período de operação, estimado em 40 anos.
Yuri Schmitke, presidente da Abren, aponta que “esse tipo de empreendimento, que oferece diversos benefícios ambientais, também é considerado mundialmente a solução mais adequada para resolver o problema dos resíduos sólidos urbanos”.
Conforme aponta o estudo, durante a vida útil da usina, uma cidade pode evitar a emissão de 112 milhões de toneladas de CO2, além de recuperar 1,9 milhão de toneladas de metais ferrosos e não ferrosos, sendo que a maior parte das cinzas podem ser reaproveitado pela construção civil e pavimentação.
Além disso, o tratamento adequado do lixo evitaria gastos da ordem de R$ 2,5 bilhões para a saúde pública, relacionados a doenças causadas pela exposição a condições insalubres, além de mitigar os gastos com danos ambientais provenientes do armazenamento inadequado de resíduos, estimados em R$ 3,6 bilhões.