Na última sexta-feira, 11 de novembro, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursou na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP27), que acontece em Sharm El-Sheikh, no Egito, anunciando também novas iniciativas multissetoriais do país norte-americano para reforçar sua posição estratégica no combate às mudanças climáticas.
Biden reafirmou o compromisso do país com a transição energética por meio do incentivo às fontes renováveis, da inovação tecnológica e do apoio a economias vulneráveis e em desenvolvimento. Ao longo da conferência, a delegação estadunidense vai apresentar propostas relativas ao investimento do país em resiliência climática, incluindo setores de energia, saúde e alimentação, entre outros.
Uma das principais propostas anunciadas é dobrar o investimento no Fundo de Adaptação [às mudanças climáticas] lançado na COP26, conferência climática global realizada em 2021, na Escócia. Com um montante inicial de US$ 50 milhões, Biden anunciou o valor multianual de US$ 100 milhões, que ainda está sujeito à aprovação pelo Congresso do país.
Segundo informe da Casa Branca, “o presidente Biden acredita que enfrentar a crise climática e atingir o objetivo de manter a temperatura global em 1,5°C requer um ‘esforço coletivo’ – isso demanda uma mobilização de governos locais, estatais e nacionais, bem como do setor privado e de filantropias”.
Nesse sentido, o presidente também anunciou medidas de incentivo à redução das emissões de metano no setor de óleo e gás, buscando expandir e reforçar o Pacto Global de Metano, lançado pelos Estados Unidos e pela União Europeia na COP26. Além disso, o país também lançou, em conjunto com a Noruega, o “Desafio de Transporte Verde”, que busca descarbonizar o setor de transporte marítimo internacional.
“Nós estamos em uma era em que a segurança e a transição energéticas, assim como o acesso à energia, devem ser fundamentais para a nossa visão de mundo. A forma como sincronizamos essas questões hoje terão profundas consequências no futuro”, afirmou John Kerry, enviado especial para o Clima dos Estados Unidos, durante a abertura do dia temático sobre descarbonização na COP27.
Os Estados Unidos ainda devem liderar outras discussões durante esta última semana da conferência global, tratando, entre outros assuntos, de temas como energia, agricultura e gênero.
