Parceria

Brasil e EUA vão desenvolver políticas para financiamento da transição energética

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala sobre transição energética. Crédito: Diogo Zacarias (Ministério da Fazenda)
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala sobre transição energética. Crédito: Diogo Zacarias (Ministério da Fazenda)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a secretária do Tesouro dos Estados Unidos (EUA), Janet Yellen, firmaram nesta sexta-feira, 26 de julho, uma parceria para o desenvolvimento de políticas e reformas em instituições financeiras internacionais para enfrentamento de desafios climáticos e sustentáveis. As ações são focadas em quatro diretrizes, incluindo mercado de carbono e concepção de tecnologias para produção de energia renovável.

“Escolhemos uma área decisiva do nosso futuro para estreitarmos as relações mútuas entre os nossos dois países, justamente as questões relativas ao clima. Brasil e Estados Unidos comungam desse valor de que é preciso envidar esforços cada vez mais consistentes no sentido de promover a mudança climática em várias áreas de atuação”, disse Haddad na cerimônia de assinatura.

Em renováveis, a parceria buscará desenvolver políticas que mobilizem o investimento privado, com foco em diversificar cadeias de produção globais, apoiar o avanço e a implementação em larga escala de tecnologias de produção de energia e financiar a manufatura de equipamentos de energia renovável, hidrogênio de baixo carbono, biocombustíveis, entre outras áreas.

Segundo a Fazenda e o Tesouro norte-americano, a atuação com instituições financeiras privadas será focada na integração das cadeias globais de renováveis, inclusive no âmbito do Plano de Transformação Ecológica brasileiro e no Inflation Reduction Act (IRA).

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Já nos mercados de carbono, a ideia é usar o setor como fonte de capital para tecnologias de transição climática, incluindo a captura de carbono. Também entraram no escopo da parceria as finanças da natureza e da biodiversidade e fundos climáticos multilaterais para melhorar o acesso a financiamentos para mercados emergentes e países em desenvolvimento.

“As agendas complementares de trabalho significam que temos muito a ganhar com mais coordenação e atividade colaborativa. Com esta parceria, nós planejamos trabalhar juntos para aderir aos desafios ambientais e fortalecer a economia da região”, disse a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen.