Os negócios voltados para a governança ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em inglês) podem gerar uma receita da ordem de US$ 10 trilhões para as empresas nos próximos 30 anos, de acordo com estimativas da consultoria McKinsey & Company, apresentadas nesta sexta-feira, 8 de julho.
Segundo João Guillaumon, especialista e sócio da McKinsey, o ESG deixou de ser algo opcional. Além disso, acrescentou ele, as empresas têm potencial para aumentar em 50% o lucro econômico em 2030, se adotarem uma estratégia de portfólio sustentável. Na prática, explicou o especialista, as companhias devem ver o tema não como um custo, mas como uma oportunidade.
Guillaumon, que participou do Fórum Net Zero, evento promovido pelo conglomerado industrial norte-americano Honeywell, na sede da Amcham, em São Paulo, contou ainda que, em geral, clientes estão dispostos a pagar um valor adicional de 15% a 30% por produtos sustentáveis.
Ainda de acordo com dados da McKinsey, a América Latina responde por 30% do potencial global para tratar de problemas de sustentabilidade. Somente o Brasil responde por uma fatia mundial de 15% nesse sentido.
No encontro, o presidente global da Honeywell Performance Materials Technologies, Vimal Kapur, apresentou a agenda do grupo voltada para a sustentabilidade, com destaque para a redução de emissões de CO2 nos escopos 1 e 2 de 90% em 2035, em relação a dados de 2004.
Presente ao fórum, a gerente de mercado de carbono da Petrobras, Izabel Ramos, apresentou a estratégia da petroleira para a tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCUS, na sigla em inglês), a ser adotada nos campos marítimos da companhia. De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), o mercado de CCUS deve movimentar US$ 4 trilhões, em 2050.
* O repórter viajou a convite da Honeywell.