Os investimentos em transição energética e redução das emissões de carbono no mundo todo somaram US$ 755 bilhões em 2021, de acordo com uma análise da BloombergNEF. O montante é 26,9% maior que o investimento total de 2020, que somou US$ 595 bilhões.
Embora os números sejam expressivos, o relatório da BloombergNEF destaca que, para que os objetivos de neutralidade de carbono sejam atendidos, os investimentos precisam triplicar até 2025, chegando a US$ 2 trilhões. Depois disso, ainda teriam que dobrar até 2030, superando a marca de US$ 4 trilhões.
O relatório considera diversos tipos de investimentos, como fontes renováveis, armazenamento de energia, veículos elétricos, hidrogênio, energia nuclear, materiais sustentáveis e captura de carbono.
Dentro de todos esses segmentos, o destaque é a energia renovável, que atraiu US$ 366 bilhões em investimentos do ano passado, aumento de 6,5% na comparação com o ano anterior.
Embora o volume de investimentos continue maior nas renováveis, a mobilidade elétrica teve uma expansão em ritmo mais acelerado, de 77%, chegando a US$ 273 bilhões. Segundo o estudo, se o ritmo de crescimento for mantido, a mobilidade elétrica deve superar as fontes renováveis de energia como principal setor em atração de investimentos em 2022.
O uso de eletricidade para aquecimento somou US$ 53 bilhões, e a energia nuclear envolveu US$ 31 bilhões em investimentos ano passado. Os segmentos de captura de carbono, investimentos, armazenamento de energia e materiais sustentáveis atraíram, juntos, US$ 24 bilhões.
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O relatório mostra ainda que empresas de tecnologia voltadas para mudanças climáticas levantaram US$ 165 bilhões no ano passado nos mercados de capitais e com investidores privados. Considerando estes valores, os investimentos totais em transição energética no ano passado chegam a US$ 920 bilhões.
Os investimentos em transição energética cresceram em todas as regiões do mundo, sendo que a região Ásia-Pacífico foi a que mais investimentos atraiu, da ordem de US$ 368 bilhões, aumento de 38%, puxados pelo segmento de mobilidade elétrica.
Na região que engloba Europa, Oriente Médio e África, os investimentos somaram US$ 236 bilhões, aumento de 16%, puxados também pela mobilidade elétrica, que teve um salto de 46%.
Nas Américas, por sua vez, os investimentos cresceram 21%, para US$ 150 bilhões. Os investimentos em geração renovável ficaram estáveis, mas os em mobilidade elétrica subiram 84%.
Entre os países, a China seguiu na liderança, com US$ 266 bilhões em investimentos em transição energética, aumento de 60% na comparação com 2020. Os Estados Unidos aparecem na sequência, com US$ 114 bilhões, aumento de 17%. Na sequência, aparecem os países Alemanha, Reino Unido, França, Japão, Índia, Coreia do Sul, Brasil e Espanha.
