
O ministro do Turismo, Celso Sabino, negou que o governo possa mudar o local de realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) depois de um grupo de 27 países solicitarem alteração da cidade-sede.
O custo da hospedagem na cidade de Belém, no Pará, que será o local do evento, gerou “revolta” em um grupo de participantes, mas, segundo Sabino, os valores “são pequenas exceções que o próprio mercado já está cuidando de regular com o avanço da oferta de leitos disponíveis”.
“Chance zero de a COP30 não acontecer em Belém. O governo trabalha com o plano A, B e C, e todos eles são Belém. Será a melhor e maior COP que a Organização das Nações Unidas já promoveu ao longo desses 30 anos de realização. Tivemos vários obstáculos, mas desde o anúncio efetivamente dessa COP em Belém, o governo brasileiro se preparou e planejou suas ações e tem cumprido todo o cronograma”, disse o ministro em entrevista à CNN.
No início de agosto, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, já havia afirmado que “não há um plano B” para uma eventual troca de sede. O embaixador também informou que o governo brasileiro está trabalhando para garantir que os preços das hospedagens não comprometam a participação de todas as delegações internacionais.
Entretanto, a legislação brasileira não permite que haja uma imposição de preços aos hotéis.
“Meu interesse, obviamente, é evitar que os preços dos hotéis interfiram na presença das delegações em Belém. Se não tivermos todas as delegações presentes, a legitimidade das negociações pode ser questionada, porque alguns países podem deixar de participar por não conseguirem arcar com os custos da hospedagem. A Casa Civil tem atuado muito bem nessa frente, pois há muito a ser feito em termos de infraestrutura e hospedagem. Mas essa questão específica dos preços dos hotéis é difícil de lidar por causa da legislação brasileira”, afirmou Lago.