Sustentabilidade
Custo da crise hídrica estimula ampliação da energia solar no país
Primeira cervejaria artesanal brasileira a se tornar autossuficiente no consumo de energia por fonte solar, a Edelbrau completou no último mês três anos desde que instalou um sistema de geração distribuída (GD) para abastecer as unidades da empresa, em Nova Petrópolis (RS). A iniciativa evidencia um negócio com tendência de alta no país, após a aprovação do marco legal da geração distribuída na Câmara dos Deputados e com o agravamento da crise hídrica.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a capacidade instalada de projetos de GD a energia solar no país é de 6,6 gigawatts (GW), o equivalente a quase à potência do complexo hidrelétrico do rio Madeira, em Rondônia, composto por duas usinas totalizando 7,3 GW. Com cerca de 800 megawatts (MW), o Rio Grande do Sul, por sua vez, é o terceiro maior estado do país em capacidade instalada de sistemas de GD solar, atrás apenas de Minas Gerais (1.220 MW) e São Paulo (837 MW).
Em três anos, o projeto da Edelbrau, de 87 quilowatts-pico (kWp), permitiu que a companhia evitasse a emissão de 9,25 mil kg de CO2 por ano. O volume é equivalente a emissão de gases de 61.672 km rodados por automóveis – distância suficiente para fazer quase sete viagens de ida e volta pela BR-101, rodovia federal que liga o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul, passando por outros dez estados, no litoral brasileiro.