Depois de fechar a compra de uma linha de transmissão da Equatorial no Pará, a canadense CDPQ adquiriu 100% das ações representativas do capital social da Transmissora de Energia Linha Verde I, que são atualmente detidas por subsidiárias da Terna Plus. A operação, aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), não teve valor divulgado e está sujeita à aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A Terna é uma operadora global de redes de energia elétrica, responsável pela operação do sistema de transmissão da Itália, além de atuar na construção de infraestrutura para redes de energia na América Latina, por meio de suas subsidiárias.
No Brasil, a subsidiária Transmissora de Energia Linha Verde I foi estabelecida, exclusivamente, com o propósito de celebrar o contrato de concessão nº 07/2018- com a Aneel – para operar uma linha de transmissão de energia elétrica com extensão de 165 km no estado de Minas Gerais.
Para justificar a operação, a CDPQ disse ao conselho que ela representa um “processo contínuo” de ampliação da sua presença no setor de transmissão de energia na América Latina.
Para a Terna, a venda é consistente com seu foco em se reposicionar no cenário internacional em mercados de baixo risco com potencial de crescimento atrativo.
No ano passado, Emmanuel Jaclot, vice-presidente e chefe de Infraestrutura da CDPQ, disse que a empresa tem buscado expandir seu setor de energias renováveis, com o setor de transmissão estando “no centro da estratégia de investimento na América Latina, especialmente no Brasil, já que o país pretende conectar um número crescente de projetos de energia de baixas emissões carbono”.